Muitas pessoas são relutantes quanto a contratação de uma assessoria de investimentos. Mas, em grande maioria, essa aversão acontece pela falta de conhecimento sobre o funcionamento dessa profissão.
E a falta de conhecimento sobre as atividades de uma assessoria de investimentos, pode colocar alguém em uma situação desconfortável na gestão do próprio patrimônio e na escolha dos próximos passos para a ampliação do mesmo.
O que é uma assessoria de investimentos?
O assessor de investimento, é um profissional responsável por auxiliar os investidores a tomarem as próprias decisões. É uma boa representação do “ensinar a fazer” ao invés de apenas entregar.
A presença de um assessor de investimentos é importante para quem quer investir com mais inteligência.
Dessa forma, é possível se tornar mais livre sobre as suas próprias escolhas e ainda assim, alcançar bons resultados.
No entanto, são poucas as pessoas que têm conhecimento sobre a funcionalidade de uma assessoria de investimento.
E assim, optam por realizar os seus primeiros investimentos de forma totalmente independente.
Não que essa seja uma escolha errada. Mas a falta de conhecimento e prática, se somadas à empolgação de começar a investir, podem significar grandes perdas financeiras.
E, por consequência, essas perdas financeiras podem significar perda na qualidade de vida, entrega aos vieses do investidor, entre outras “sequelas” de quem, pouco se preparou para o mercado, mas muito investiu.
É como alguém que precisa fazer algum reparo elétrico na sua própria casa. Mas, ao invés de contratar um profissional competente, acredita ser melhor fazer por si, por acreditar que “é uma manutenção básica e fácil”.
Porém, se a pessoa realizar o reparo de forma errada, as consequências podem ser enormes.
Tanto no quesito estrutural, quanto no quesito financeiro que, dessa vez em que o problema se “multiplicou”, será indispensável a presença de um eletricista. Resumo: mais dor de cabeça, mais dinheiro.
Então, uma atitude prévia para não ocorrer esse custo, seria realizar uma manutenção e, no caso de um reparo, chamar um profissional para realizá-lo.
Ou seja, buscar a resolução do problema antes dele se tornar grande, é uma atitude mais inteligente do que esperar a situação se tornar mais grave.
O que faz um assessor de investimentos?
Assim como o eletricista tem o dever de sanar dores relacionadas à eletricidade. O assessor tem como profissão acompanhar o investidor para escolhas inteligentes na sua carteira de investimentos.
Mas, além disso, o assessor de investimentos também possui outras qualidades:
- Entende os elementos que compõem a renda do assessorado;
- Pesquisa e indica os melhores ativos financeiros com base no perfil do investidor, sejam eles voltados para a sua maior composição em renda fixa ou renda variável;
- Ajuda o investidor a entender o funcionamento dos seus ativos;
- Analisa a capacidade e a tolerância ao risco do investidor.
O assessor de investimento não é um educador financeiro!
Por mais que, muitas das vezes, o assessor assuma uma postura de educador financeiro. Essa não é a função do profissional. Como o próprio nome indica, o educador financeiro tem o objetivo de educar financeiramente e o assessor, de auxiliar nas melhores escolhas do ponto de vista dos investimentos.
Isto é, o educador financeiro tem uma abordagem comportamental para entender o papel do dinheiro e o seu funcionamento quanto ao educando.
E além disso, o educador financeiro não é, necessariamente, alguém que possui conhecimento em investimentos. Existem alguns educadores que possuem formação na área de investimentos, conseguem operar e assessorar bem.
No entanto, quem está contratando o serviço precisa ter essa clareza sobre qual tipo de acompanhamento será prestado. Afinal, se está sendo solicitado esse tipo de assessoria, é porque a necessidade é de alguém auxiliando nos seus próprios investimentos.
Em resumo, o assessor pode ajudar o assessorado a ter uma postura com mais educação financeira. Porém, esse não é o seu foco.
O que significa análise de capacidade risco e tolerância ao risco?
Apesar da semelhança, a análise de capacidade de risco e a análise de tolerância ao risco são coisas muito distintas.
- Capacidade de risco: momento de vida e patrimônio do assessorado;
- Tolerância ao risco: flexíveis sobre a capacidade de risco.
Imagine uma criança que está aprendendo a andar de bicicleta no quintal de casa e sabe que, a qualquer momento, pode se desequilibrar e cair. Mas, mesmo assim, continua a tentar a andar de bicicleta. Essa seria a tolerância ao risco.
Agora, imagine uma criança que está aprendendo a andar de bicicleta, sabe que pode cair, mas decide sair do quintal de casa para ir descer uma rua muito íngreme. Certamente, o estrago seria maior nessa situação. Essa seria a capacidade de risco.
O assessor de investimentos teria um papel similar ao que o responsável pela criança teria. A criança tolera cair ao tentar andar de bicicleta, mas até que ponto ela conseguiria cair e se levantar sem grandes riscos a sua integridade?
Essa assimilação seria feita pelo responsável que, prezando pela integridade da criança, incentiva que, naquele momento, ela continue a tentar a andar de bicicleta no quintal de casa, onde os riscos são mais calculados e podem ser corrigidos com mais rapidez.
Como é feita a análise da capacidade e tolerância ao risco?
A capacidade precisa levar em consideração alguns fatores:
- Idade;
- Patrimônio;
- Saúde;
- Renda;
- Estabilidade.
Já a tolerância necessita esclarecer questões, como:
- Perfil do investidor;
- Expectativas;
- Conhecimento sobre o mercado financeiro;
- Prazo para os investimentos.
Qual o momento ideal para contratar um assessor de investimentos?
Assim como não existe uma “fórmula mágica” para a formação de uma carteira de investimentos. Também não existe uma regra quanto o melhor momento de contratação desse profissional.
Ou seja, fica a critério da pessoa que quer começar a investir e se sente insegura quanto a isso. Lembrando sempre que, mesmo que seja solicitada a presença de um assessor, é indispensável que o próprio investidor tenha interesse em monitorar e entender o funcionamento dos seus ativos.
Pode ser na busca de livros, cursos, palestras ou até filmes que falem sobre investimentos. O importante é não deixar o conhecimento para depois! Afinal, a junção de teoria e prática pode significar ganhos significativos.
Por isso, é imprescindível avaliar de maneira inteligente a necessidade do acompanhamento de um assessor de investimentos. Se for concluído que, naquele momento, é necessário. Então, o próximo passo é buscar um profissional competente.