Bolha imobiliária: o que é, como elas surgem e quais são seus efeitos?

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A bolha imobiliária é resultado de alguns fatores envolvendo a economia e o comportamento das pessoas que estão comprando imóveis, seja para morar ou investir.

Temos alguns exemplos históricos de bolha imobiliária que podem apresentar os principais motivos para que elas ocorram. Por exemplo, o filme “A Grande Aposta”, demonstra de uma forma objetiva como ocorreu a crise do mercado imobiliário americano em 2008.

Como funciona a bolha imobiliária?

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A bolha imobiliária, como qualquer outra bolha inflacionária, é causada por um aumento exacerbado nos preços dos imóveis que não reflete realmente o valor dos bens.

Na maioria das vezes, a inflação imobiliária ocorre por conta das alterações nas demanda por imóveis que, por sua vez, é potencializada por expectativas e especulações sobre esse mercado.

Como o preço após uma bolha inflacionária não representa o real valor dos imóveis, o natural é que a “bolha estoure”. Portanto, o preço dos imóveis desvaloriza bruscamente, podendo até gerar uma crise econômica.

Causas de uma bolha imobiliária

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Para identificar uma bolha imobiliária, é preciso estar atento a suas principais características e causas. Isso pode ser muito importante para quem quer investir no setor imobiliário e evitar prejuízos.

1. Alta especulação

Se existe um consenso popular que comprar apartamento para vender ou alugar é um bom investimento, melhor ficar atento ao mercado imobiliário.

O que acontece, nesse caso, é um aumento significativo na demanda por imóveis, aumentando assim, os seus preços e, consequentemente, os preços dos aluguéis.

Entretanto, isso irá afastar as pessoas que buscam imóveis para morar, diminuindo a demanda.

Portanto, pode haver uma baixa nos preços suficiente para fazer com que os investidores tentem vender os imóveis com urgência, estourando assim a bolha.

2. Excesso de crédito

A expansão do crédito imobiliário é uma razão relevante para que a atenção nesse setor seja necessária. Esse, foi um dos fatores que influenciou na crise americana de 2008.

Com o excesso de crédito, torna-se mais fácil a aquisição de uma moradia. Se esse crédito for concedido sem segurança financeira, é comum que muitas pessoas não consigam quitar suas dívidas.

Dessa forma, quando chega o momento do pagamento das dívidas, as pessoas não conseguem arcar com elas e a bolha pode estourar.

3. Desequilíbrio com o resto da economia

Quando os preços do setor imobiliário sobem muito acima do resto do mercado, existe um risco de bolha.

Portanto, é importante estar atento a outros preços da economia e na renda média da população.

Bolha imobiliária nos Estados unidos

Em 2008, a bolha imobiliária americana impactou negativamente a economia dos estados unidos e de vários outros países.

Esse episódio foi marcado pela facilidade de crédito para o setor imobiliário americano e por problemas de regulação no mercado financeiro.

Durante esse período, o setor imobiliário foi frequentemente recomendado como um bom e seguro investimento.

Logo, por conta da atração por este setor e a facilidade de crédito, milhares de pessoas que tentaram adquirir esses bens e não conseguiram arcar com suas responsabilidades financeiras.

Assim, houve um rombo financeiro grande neste setor, sendo necessário o uso dos recursos do governo americano para conter a crise.

Há bolha imobiliária no Brasil?

Até o momento, não temos uma bolha imobiliária no Brasil. Já que, na verdade, a crise econômica brasileira desacelerou o crescimento do mercado imobiliário.

Portanto, é mais adequado para a situação brasileira, falarmos de crise imobiliária, ao invés de bolha.

Diferente da situação que ocorreu nos Estados Unidos, já que no caso dos americanos, a bolha imobiliária que causou a crise econômica.

Entretanto, é muito importante estar atento para a situação do mercado imobiliário brasileiro, já que a especulação pode comprometer o funcionamento do mercado local.

Por fim, é importante ressaltar que a bolha imobiliária, principalmente nos dias de hoje, pode ser identificada e prevenida. O consumidor e investidor devem estar atento aos fatores que influenciam esse mercado para reduzirem seus prejuízos em caso de crise. Acompanhe a nossa carta do fundador, com conteúdos diários e gratuitos!

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

Comentários:

Uma resposta

  1. Hoje o crédito facilitado e o número ecessivo de imóveis pode sim transformar em “bolha”. Quando os juros se elevam os
    preços disparam os bancos que não perdem nunca, saem cobrando as hipotecas e lotam os leilões com ofertas.
    Os preços dos materiais de construção dispararam então estes custos vão compôr o INCC que vigora em toda compra de imóvel na planta significando aumentos abusivos que o comprador não está preparado.
    Portanto, fugir de dividas futuras é o melhor negócio.

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