A BRF (BRFS3), também conhecida como Brasil Foods, atua no setor de alimentação, sendo uma das maiores companhias de alimentos do mundo, com produtos comercializados em mais de 140 países.
As ações da BRF (BRFS3) estão listadas na bolsa de valores brasileira com participação de 0,95% no Ibovespa. Sendo assim, os investidores que acreditam que o segmento alimentício é uma boa oportunidade, devem avaliar a compra de papéis da empresa na B3.
O que é a BRF (BRFS3)?
Em primeiro lugar, a BRF S.A (BRFS3) é uma empresa brasileira do setor de alimentação que tem como destaque algumas marcas como Sadia, Perdigão e Qualy em seu portfólio.
A BRF surgiu no ano de 1934, tendo feito sua Oferta Pública Inicial (IPO) em 1997. A companhia oferta suas ações na B3 pelo ticker BRFS3.
Portanto, estando na bolsa de valores, a empresa possui mais de 813,5 milhões de ações gerenciadas, sendo, 64,26% destas em free float.
Além da Brasil Foods, outras companhias fazem parte desse nicho. São elas, por exemplo, a M. Dias Branco (MDIA3) e o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3):
- M. Dias Branco: a empresa centraliza sua atuação no setor de alimentos. Além disso, a empresa é líder na fabricação e comercialização de massas alimentícias e biscoitos;
- Grupo Pão de Açúcar: a empresa atua no comércio, tanto varejista quanto no atacadista. Além disso, a companhia faz parte do Grupo Casino.
Sendo assim, diante da importância da Brasil Foods (BRFS3) para o mercado de alimentos no Brasil, recomenda-se compreender sua história e modelo de negócio.
Portanto, por meio das informações adquiridas, os acionistas poderão decidir se desejam investir ou não nessa empresa.
O que faz a BRF (BRFS3)?
A principal atividade da Brasil Foods (BRFS3) é a produção, venda e exportação de produtos da linha de carne e derivados. Dentre as marcas estão, por exemplo:
- Sadia;
- Perdigão;
- Chester;
- Banvit;
- Claybom;
- Kidelli;
- Perdix;
- Qualy.
Sendo assim, observa-se que a empresa tem um variado portfólio, com o objetivo diversificar os produtos e marcas disponíveis.
Como a Brasil Foods (BRFS3) atua?
A BRF se destaca com liderança no mercado brasileiro de alimentos, tendo marcas fortes e presença global. Com escritórios e unidades espalhadas pelo mundo, a Brasil Foods (BRFS3) consegue atuar em mais de 140 países espalhados pelas Américas, Oriente Médio, Ásia e África.
Sendo assim, a empresa apresenta uma ampla rede de distribuição no Brasil e nos mercados internacionais. Além disso, a empresa tem suas redes de distribuição própria, das quais vende direto para companhias de processamento de alimentos e distribuidores locais.
Junto a isso, a Brasil Foods possui unidades de abate estrategicamente localizadas em diferentes regiões do Brasil como, por exemplo, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Ações da Brasil Foods (BRFS3): onde e como comprar?
Em primeiro lugar, vale ressaltar que é possível comprar o ticker da Brasil Foods (BRFS3) na B3. Sendo assim, quem quer adquirir ações da empresa deve fazer isso através de sistemas virtuais, como é caso do home broker.
O objetivo da utilização das ferramentas digitais está associado a digitalização dos investimentos e a manutenção da segurança entre os investidores.
A BRF possui ações ordinárias (BRFS3 ON). Sempre terminando como digito 3, essa categoria de ação oferta direito ao voto durante as assembleias empresariais.
Dessa forma, para negociar ações da BRF, o investidor deve fazer a abertura de uma conta em uma corretora de valores que seja credenciada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Feito isso, o investidor deve realizar uma transferência TED, com o valor que deverá ser investido. Por fim, ele irá escolher as ações da Brasil Foods, mencionadas como BRFS3.
Características das ações da Brasil Foods (BRFS3)
A BRF é considerada uma Mid Cap. Além disso, a empresa faz parte do IBOV (Índice Ibovespa) com 0,95% de participação.
A classificação setorial da Brasil Foods (BRFS3), segundo as informações disponíveis na B3, é: Consumo não Cíclico / Alimentos Processados / Carnes e derivados.
Ainda, seu segmento de listagem na bolsa de valores é o Novo Mercado. Isso significa dizer que a empresa apresenta uma boa governança corporativa e alta transparência. Já as ações da BRF oferecem Tag Along de 100% ON, além de free float de 64,26%.
História da Brasil Foods
Em primeiro lugar, vale dizer que a história da Brasil Foods está ligada às histórias da Perdigão e da Sadia. Sendo assim, sua trajetória começa na década de 30, em Videira (SC), com um pequeno negócio familiar chamado Perdigão. Já em 1944, é o ano de nascimento da Sadia. A empresa é fundada por Attilio Fontana, em Concórdia (SC).
Em 1952, a Sadia passa a atuar no eixo Rio-São Paulo. 12 anos depois, em 1964, a Sadia constrói Frigobrás (Companhia Brasileira de Frigoríficos) e entra, assim, no mercado de semiprontos e congelados.
Em 1971, o mascote da Sadia é criado. Um ano depois, nasce o Peru Temperado Sadia, maior sucesso da marca até hoje. Em paralelo a isso, no ano de 1975, a Perdigão constrói o primeiro abatedouro exclusivo pra aves em Videira.
Já em 1979, a Perdigão lança o seu Chester, importando matrizes de Gallus Gallus dos EUA e iniciando um melhoramento genético. Em 1990, a Sadia abre seu negócio para cidades como Tóquio, Milão, Buenos Aires. Além disso, lança uma churrascaria na China.
Um ano depois, em 1991, a Sadia entra no mercado de margarinas, com uma fábrica na cidade de Paranaguá (PR), para marca Qualy.
Em 1997, depois da morte de seus fundadores, a Perdigão deixa de ser uma empresa familiar e faz uma reestruturação societária. Surge, então, a Perdigão S.A, de capital aberto, e uma empresa operacional, a Perdigão Agroindustrial S.A.
Por fim, em 1998 a Perdigão lança sua pizza congelada, até então inédita no mercado.
Século 21
Nos anos 2000, a Perdigão abre seu primeiro escritório fora do Brasil, em Londres. Além disso, se torna a primeira empresa brasileira de alimentos a ter suas ações listadas na Bolsa de Nova York.
Em 2001, a Perdigão e a Sadia criam a BRF Trading, empresa destinada a comerciar produtos avícolas e alimentos em geral em mercados emergentes.
No mesmo ano, ainda, a Perdigão lança a marca mundial Perdix para produtos processados. Em 2008, a Sadia lança sua primeira fábrica na Região Nordeste. Esta é uma das primeiras fábricas do Brasil a neutralizar 100% de suas emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, em 2008, a perdigão compra a Eleva, formando um dos maiores conglomerados de alimentos da América Latina. Da mesma forma, compra a Cotochés, uma das mais tradicionais indústrias de lácteos de Minas Gerais.
2009 é um marco na história da Brasil Foods. Nesse ano a Perdigão e Sadia anunciam o início do processo de fusão com alteração da denominação social da primeira. Essa passa a se chamar, então, Brasil Foods S.A e com sede em Santa Catarina
Com isso, ocorre uma oferta pública de ações pra aumento do capital social da empresa. Um ano depois, em 2010, a BRF se torna a terceira empresa exportadora do Brasil, sendo a maior exportadora de aves e líder na produção global de proteínas.
Por fim, em 2020, acontece a crise do coronavírus, provocando grande desvalorização dos ativos da bolsa de valores, inclusive da BRF.
Linha do tempo da BRF
- 1934: Surgimento da Perdigão, pequeno negócio familiar em Santa Catarina;
- 1944: Nascimento da Sadia, também em Santa Catarina;
- 1952: Sadia passa atuar no eixo Rio-São Paulo;
- 1964: Sadia constrói a Frigobrás (Companhia Brasileira de Frigoríficos), em São Paulo;
- 1971: Criação do mascote da Sadia;
- 1974: Nasce o Peru Temperado Sadia, maior sucesso da marca;
- 1975: Perdigão constrói o primeiro abatedouro exclusivo pra aves em Videira;
- 1979: A Perdigão lança o Chester, com a importação de matrizes de Gallus Gallus dos EUA e um melhoramento genético;
- 1990: Expansão da Sadia para cidades como Tóquio, Milão e Buenos Aires;
- 1991: Sadia entra no mercado de margarinas com a marca Qualy;
- 1997: Perdigão deixa de ser uma empresa familiar, se tornando a Perdigão S.A. Além disso, surge uma empresa operacional, a Perdigão Agroindustrial S.A;
- 1998: Lançamento da pizza congelada da Perdigão.
Século 21
- 2000: Perdigão abre seu primeiro escritório fora do Brasil, em Londres, e se torna a primeira empresa brasileira de alimentos a listar na Bolsa de Nova York.
- 2001: Perdigão e a Sadia criam a BRF Trading;
- 2008: Sadia lança sua primeira fábrica na Região Nordeste;
- 2008: Compra da Eleva e da Cotochés pela Perdigão;
- 2009: Fusão da Perdigão e Sadia, fazendo a primeira se chamar BRF Brasil Foods S.A e realização de uma oferta pública de ações;
- 2010: BRF se torna a terceira empresa exportadora do Brasil;
- 2020: Por fim, crise do coronavírus e desvalorização de ações da BRF.
Como lucrar com ações da Brasil Foods (BRFS3)?
Existem algumas formas de adquirir lucro por meio das ações vendidas pela Brasil Foods (BRFS3) na B3.
É possível, por exemplo, ganhar dinheiro por meio da venda de ações por um valor mais alto que o pago antes. Além disso, ganha-se com o pagamento de dividendos por ação.
Por essa razão, é preciso que, antes de comprar ações, o investidor analise o seu perfil e seus objetivos financeiros com as aplicações.
Após isso, o investidor deve ficar atento a questões que podem implicar na realização de investimentos com segurança.
Sendo assim, dentre alguns pontos que podem ser observados, há a diversificação da carteira de ativos. É aconselhado fazer aportes em renda variável e renda fixa, variando os riscos em cada tipo de investimento.
Além disso, recomenda-se que os acionistas analisem a liquidez, rentabilidade e segurança das ações. Vale lembrar que a priorização vai depender sempre de quem investe.
Vale a pena investir na Brasil Foods (BRFS3)?
Empresa brasileira, a BRF (BRFS3) se destaca no setor de alimentação, sendo considerada uma das maiores do mundo.
Como reconhecimento disso, é detentora de diversos prêmios, se mostrando sólida e de presença mundial, com uma boa governança e alta transparência.
No entanto, além de se tratar de um mercado bastante concorrido, a empresa participa de um setor cíclico que pode ser abalado por crises econômicas, como foi o caso do coronavírus, em 2020.
Sendo assim, antes de escolher qual a ação que será comprada, é recomendado realizar uma análise fundamentalista.
Só após isso, então, será possível fazer uma escolha assertiva. Isso vale tanto para a Brasil Foods (BRSF3) como para qualquer outra companhia que faça parte da bolsa.
Quais são os concorrentes da BRFS3?
Algumas das concorrentes da Brasil Foods são o Grupo Pão de Açucar e a M. Dias Branco.
A BRFS3 é small, medium ou large cap?
A empresa é considerada uma medium cap, sendo assim, tem um valor avaliado em cerca de R%17,2 milhões em 2020.
Quais as vantagens e desvantagens da BRFS3?
Considerada uma das maiores no setor alimentício, a Brasil Foods tem uma boa governança corporativa e uma dívida sob controle, no entanto, está sujeita a crises econômicas e tem vários concorrentes.