Geralmente, pessoas que querem começar a investir, não sabem por onde começar. A partir disso, surge a necessidade de contratar uma consultoria de investimentos. No entanto, poucos conhecem sobre a execução desse acompanhamento.
A consultoria de investimentos, apesar de ser constantemente confundida com a assessoria de investimentos, as duas atividades não significam a mesma coisa.
O que é consultoria de investimentos?
Quem procura um consultor de investimentos (também conhecido como agente autônomo de investimentos), geralmente, faz isso pela falta de conhecimento sobre esse universo ou, pela necessidade de otimizar o seu patrimônio investido.
A consultoria de investimento tem como função auxiliar o investidor iniciante ou não, a fazer melhores escolhas do ponto de vista financeiro. Fazendo com que as aplicações sejam mais assertivas, voltadas especificamente para o seu perfil.
Imagine que uma doença está assolando e, no desespero, as pessoas que estão sentindo os sintomas parecidos ao da doença, começam a buscar remédios sem receita médica.
Baseadas, na maioria das vezes, em indicações de colegas que tiveram a doença ou que conhecem alguém que teve. Esse “efeito manada” pode ser extremamente prejudicial para as pessoas que estão tomando o remédio sem medicamento.
Afinal, aquela medicação pode causar efeito colateral e se, por um acaso, a doença não for a que tinha se pensado antes, as pessoas que tomaram o remédio sem serem diagnosticadas, estão desviando a atenção da real enfermidade.
Ou seja, o risco cada vez mais vai se tornando maior. Tudo pela falta de um diagnóstico médico e a busca por um tratamento adequado e específico.
A consultoria de investimentos pessoais ou para negócios, atua da mesma forma que um médico. Isto é, indica um tratamento direcionado para as “enfermidades financeiras” do contratante.
Já que, cada um possui suas próprias metas, disponibilidades financeiras e capacidade de risco, a consultoria traça o melhor caminho determinado para o consultado. No entanto, existem alguns fatores que precisam ser observados.
Inclusive, a necessidade de distinguir se a melhor opção de contratação seria um assessor ou um consultor de investimentos.
Qual a diferença de assessoria e consultoria de investimentos?
Apesar de similares, a assessoria de investimentos possui algumas características distintas da consultoria de investimentos. Entre essas diferenças, podemos destacar que:
- O consultor não possui contrato com nenhuma instituição financeira. Já o assessor é um profissional que tem contrato com alguma instituição financeira;
- O consultor não recebe comissões, o valor é pago diretamente pelo investidor que contrata os seus serviços. Já o assessor recebe comissões a cada venda realizada;
- Ambos estão aptos para dar direcionamentos sobre investimentos. No entanto, o consultor atende independente da instituição financeira que estão sendo aplicados os investimentos. Já o assessor, precisa que o investidor esteja investindo diretamente na instituição para qual ele trabalha.
Qual escolher: assessor ou consultor?
Geralmente, existe uma certa resistência quanto a contratar um assessor de investimentos. Mas, é preciso avaliar a questão como um todo e não isoladamente.
Isto quer dizer que, por definição, o consultor é mais independente. Ou seja, não existe conflito de interesse quanto a escolha dos investimentos, já que, não trabalha para nenhuma instituição financeira e o seu recebimento não depende das vendas de aplicações.
Mas, o assessor funciona de uma forma diferente. Como o seu recebimento financeiro acontece diretamente ligado ao seu potencial de vendas de investimentos, pode existir um certo conflito de interesse e, nesse caso, passar produtos financeiros que não são bons do ponto de vista do investidor, mas sim, são bons para a instituição financeira.
No entanto, é válido ressaltar que isso são possibilidades e não uma via de regra. Essa situação depende muito do caráter e desenvolvimento do assessor de investimentos. Se for entendido que ele está trabalhando em prol do investidor, não existe razões para não solicitar a ajuda desse profissional.
Por isso, não existe escolha certa. Mas, existe a necessidade de avaliação, seja para um profissional ou para outro. Afinal, é de dinheiro que estamos falando e, com certeza, o investidor não quer perder o seu patrimônio.
O que um consultor de investimentos faz?
Antes de tudo, é preciso explicar que, para que o consultor de investimentos atue de maneira independente, ele deve ser certificado. Uma das possibilidades, é através da CFP, emitida pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros.
Como falado anteriormente, o consultor atua como um médico, tratando as necessidades específicas de cada pessoa que contrata o seu serviço. Ou seja, existe um diagnóstico inicial e depois disso, é criado um processo para melhoria da carteira de investimentos e acompanhamento dos resultados.
- Identifica o perfil do investidor e busca entender se existem falhas na carteira atual, caso o consultado já seja investidor. Se não for, existe um auxílio para a composição da primeira carteira;
- Educação financeira para indicar as possibilidades de alocação da carteira. Por exemplo: 50% em renda fixa e 50% em renda variável;
- Acompanhamento da carteira de investimentos do cliente, para que seja possível orientar os próximos passos.
Qual o melhor momento para contratar um consultor de investimentos?
Assim como em qualquer outra atuação na área de investimentos, o próprio investidor precisa desenvolver o pré-diagnóstico e entender as suas limitações.
Por exemplo, algumas pessoas que não têm conhecimento sobre a renda variável, podem começar a investir todo o seu patrimônio nesse tipo de investimentos e, por consequência, perder tudo.
Se existisse o acompanhamento de um consultor, as capacidades de riscos seriam analisadas e ajustadas de acordo com a suas disponibilidades.
Por isso, o investidor ou quem pretende começar a investir, precisa estar sempre estudando e analisando o melhor momento e se é necessário contratar esse profissional. De acordo com a sua disponibilidade financeira, urgência e outros fatores.
Em resumo, o investidor não pode “terceirizar” as suas escolhas. O consultor serve para nortear e não para tomar as escolhas dos investimentos do cliente. Perder a independência sobre os próprios recursos pode ser algo muito perigoso.
Por isso, é essencial que, mesmo com a contratação de um consultor de investimentos, a pessoa que o contratou siga estudando sobre a área. Seja buscando em livros, filmes, cursos ou qualquer outro recurso educacional.