Corporate venture: saiba como funciona!

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Empresas grandes, com o objetivo de acompanhar a modernização das startups, recorrem ao investimento conhecido como corporate venture.

A relação estabelecida pelo corporate venture traz ganhos significativos para ambos lados da negociação, por isso vem se tornando uma prática cada vez mais comum em atividades do empreendedorismo.

O que é o corporate venture?

Corporate venture pode ser traduzido como “empreendimento corporativo” ou intraempreendedorismo, onde uma grande empresa investe externamente em uma startup com grande potencial de crescimento, normalmente de um setor econômico similar.

Logo, é uma forma de investimento em startups ou pequenas empresas, buscando avanços tecnológicos e processuais, além de retornos financeiros atrativos.

A prática também é conhecida como corporate venture capital.

Mas, diferente do venture capital tradicional, onde o investimento é feito por um investidor, o corporate venture é praticado por empresas.

Esse investimento em empresas é normalmente feito por empresas maiores que pretendem aplicar recursos em pequenos potenciais negócios.

Dessa forma, além dos auxílios financeiros, a empresa maior compartilha seu conhecimento estratégico, inteligência de marketing e administração, aumentando assim, as chances de sucesso da startup.

Objetivos do corporate venture

Você deve estar se perguntando “A empresa, além de fornecer capital, perde tempo ajudando a startup ou pequeno negócio. Afinal, o que ela ganha com isso?”.

Empresas grandes, além de buscar formas de conseguir aumentar seu volume de vendas e conseguir resultados positivos no curto prazo, devem procurar sempre se atualizar e conquistar um market share cada vez maior, para se consolidar e crescer no longo prazo.

Portanto, entre os objetivos do corporate venture, estão:

  • Melhorar os seus resultados com parcerias com startups inovadoras;
  • Entender e aplicar novas tecnologias na própria empresa;
  • Identificar oportunidades em novos mercado;
  • Identificar oportunidades de compras de novos negócios;
  • Retorno sobre o crescimento ou venda da startup.

Portanto, é possível perceber que a estratégia de corporate venture traz para a empresa resultados estratégicos e financeiros positivos.

Corporate venture: Qual estágios da startup normalmente atraem esse tipo de investimento?

A depender do estágio da startup, as empresas que buscam estabelecer a relação corporate venture podem atuar de forma diferente.

Ou seja, é interessante entender em quais estágios normalmente as corporates ventures buscam as startups, e que tipo de negociação procuram.

Financiamento no estágio inicial

No estágio inicial, a maioria dos processos e produção da startup ainda não saíram do papel.

Isto normalmente ocorre porque, para lançar um produto e colocar a operação do negócio para funcionar, é necessária certa disposição de capital.

Dessa forma, a grande empresa atua como uma financiadora inicial das atividades da startup.

Fundo “capital semente” (Seed capital funding)

Nesta etapa das startups, é necessário recursos para manter suas operações e atrair atenção de investidores anjos ou venture capital.

Por ser considerado um investimento de risco, o aporte feito nesse estágio é pequeno, podendo ser recompensado por uma porcentagem da startup.

Financiamento de expansão

Para financiar a expansão da startup, ela já deve estar com suas operações funcionando e entregado resultados animadores.

Esse recurso é utilizado para lançamento de novos produtos, aumento e melhora do ambiente de trabalho, investimentos em marketing, entre outros pontos estratégicos para o crescimento da startup.

IPO (Initial Public Offering)

O IPO de um negócio marca a abertura de capital do negócio, sendo assim negociada ações relativas à empresa em bolsas de valores.

Normalmente, neste estágio, as empresas que fazem o papel de corporate venture vendem suas partes do negócio, recebendo retornos atrativos.

A startup neste estágio, pode até não ser mais considerada uma startup, pois provavelmente já chegou em um estágio de desenvolvimento elevado.

Os recurso obtidos através de vendas de ações de empresas que inicialmente receberam investimento, frequentemente são reutilizados para novas oportunidades de corporate venture.

Portanto, corporate venture é muito positivo para ambos lados da negociação, trazendo renovação e retornos financeiros para a empresa investidora, e desenvolvimento e experiência para as empresas que recebem esse tipo de investimento.

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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