Para aumentar a proteção das carteiras de crédito das instituições financeiras, um seguro foi criado: o Credit Default Swap. Com ele, é possível avaliar a segurança para quem investe em um determinado país.
O objetivo do Credit Default Swap é evitar o prejuízo para quem tem um título público, em caso de inadimplência.
O Credit Default Swap, ou CDS, é um derivativo de crédito que oferece proteção e assume o pagamento do valor investido ou uma parte dele ao comprador desse crédito.
Características do Credit Default Swap
Pela sua função, caso um emissor deixe de honrar um compromisso, o seguro fica responsável por pagar ao contratante. Quem opta pelo CDS pode ter proteção ou lucro, de acordo com o objetivo da transação.
O mercado derivativo de crédito abrange CDS específicos de alguns tipos de risco, como títulos soberanos e de grandes empresas, além de CDS de uma carteira.
Existem duas formas mais comuns de liquidação de um CDS:
- O titular do papel recebe a diferença entre o preço de mercado do título e o seu preço de emissão;
- O titular do papel recebe o equivalente às parcelas de juros não pagas, além do principal.
O pagamento de uma indenização ocorre quando não há o pagamento de uma obrigação, por exemplo. Além disso, ele pode acontecer quando há a falência, renegociação de dívidas, rebaixamento da nota de crédito ou moratória.
Vantagens e desvantagens de um CDS
Aderir ao CDS tem várias vantagens. Uma delas, por exemplo, é o prazo de vigência dos contratos de 1 a 10 anos, com a maior parte da liquidez concentrada em um período de 5 anos.
Além disso, outro ponto importante é que, apesar de serem investimentos em títulos de emissores de outro país, não há preocupação com taxa de câmbio. O CDS tem maior liquidez, portanto ele é uma opção bem interessante de investimento.
Sendo assim, os prazos para a vigência dos contratos não necessariamente seguem os prazos padronizados dos papéis de renda fixa.
Esse seguro fornece um fluxo constante de pagamentos com pouco risco de queda e pode ser usado para proteger o risco de crédito de ativos no balanço patrimonial.
Por outro lado, os contratos de CDS têm algumas desvantagens como, por exemplo:
- Regulamenta-se pouco;
- Os contratos não seguem um padrão;
- Mudam de valor conforme a percepção dos agentes financeiros;
- Têm risco da seguradora não honrar o compromisso.
Negociação do Credit Default Swap
A Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA) negocia e documenta os contratos de CDS. Os termos dos contratos podem variar de acordo com a vontade das partes envolvidas.
A maioria dos CDS exigirá um pagamento de prêmio contínuo para manter o contrato, que funciona como uma apólice de seguro.
Em negociações de CDS, o comprador do swap efetua pagamentos ao vendedor até a data de vencimento do contrato.
Por outro lado, o vendedor paga o valor da garantia ao comprador. Ele também fica responsável pelo pagamento dos juros que seriam quitados entre esse período e a data de vencimento do título.
Além disso, é importante a seguradora avaliar o risco do crédito e, assim, receber uma compensação justa.
Credit Default Swap: indicador de risco
Já que o Credit Default Swap é responsável por avaliar e precificar o risco de um título de crédito, ele se tornou um dos principais indicadores de risco do mercado.
O CDS é utilizado, sobretudo, para investimentos internacionais. Sendo assim, quanto maior for o risco de um país, maior será o valor do seguro, já que o mercado pode ter efeitos maiores.
Tanto profissionais financeiros quanto reguladores e imprensa utilizam as informações obtidas com o Credit Default Swap. Essa é uma maneira de observar os riscos de cada lugar onde o título está disponível.