Elaborar e analisar demonstrações financeiras é uma atividade fundamental para qualquer empreendedor.
Isso porque, sem demonstrações financeiras, não existe nenhuma percepção sobre a realidade econômica de um negócio.
Mas o que são demonstrações financeiras?
As demonstrações financeiras são documentos que informam a situação financeira de uma empresa.
Com elas, o gestor consegue descobrir problemas e se prevenir contra riscos ao desenvolvimento da organização.
Baseado nesses relatórios contábeis, a equipe consegue:
- Analisar tributações;
- Controlar o fluxo de caixa;
- Realizar investimentos;
- Fazer um orçamento empresarial.
Além de essenciais, eles são obrigatórios para a prestação de contas de uma empresa. Além disso, servem como uma vitrine dos resultados da empresa para investidores e clientes.
E qual a importância das demonstrações financeiras?
A partir das demonstrações financeiras de uma empresa, todos os colaboradores conseguem tomar decisões mais responsáveis.
Quando baseadas nesses relatórios financeiros, as ações, tanto da equipe de finanças quanto de investidores se tornam muito mais eficientes.
Além disso, para qualquer gestor, é importante entender se existem desequilíbrios no caixa da empresa e solucioná-los o mais rápido possível.
Quais são os tipos de demonstrações financeiras existentes?
No mundo do empreendedorismo, existem seis tipos de demonstrações financeiras. Confira como funcionam cada uma delas:
1. Balanço patrimonial
Sendo a principal demonstração financeira, o Balanço Patrimonial é um documento que serve para que a empresa descreva o seu patrimônio. Com ele, a posição financeira da empresa é descrita para fins legais.
Geralmente, ele costuma ser realizado no final do ano, coletando informações sobre a atuação da empresa nos doze meses anteriores.
O balanço tem como objetivo analisar ativos e passivos da empresa, além do patrimônio líquido. Assim, equilibrando o patrimônio do negócio e identificando, inclusive, aplicações.
Para isso, ele é dividido em duas colunas, sendo uma para os ativos e outra para os passivos.
Na coluna dos ativos, são descritos todos os bens que geram valor para a empresa. Já na dos passivos, aqueles que são obrigações, como valores a serem pagos.
Caso os ativos estejam menores que os passivos, é demonstrado que a empresa não está apta a pagar suas obrigações.
2. Demonstração de resultados de exercício (DRE)
O DRE apresenta o resultado das operações realizadas no período de doze meses pela empresa. Ele possui uma estruturação vertical e deve descrever:
- Receita bruta e líquida;
- Dedução de vendas;
- Abatimentos e impostos;
- Custo de mercadorias;
- Serviços vendidos;
- Lucro bruto;
- Despesas com vendas;
- Despesas deduzidas das receitas;
- Despesas administrativas e gerais;
- Despesas operacionais gerais.
Além desses dados, deve-se discriminar o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o montante por ação do capital social.
3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
A DLPA mostra as alterações no patrimônio líquido da empresa, ou seja, em sua conta de lucros ou prejuízos.
Ela é obrigatória para diversos tipos de empresas, de acordo com o art. 274 do RIR/99, presente na legislação do Imposto de Renda.
Dentro dela, devem-se constar:
- Saldo inicial do período
- Ajustes anteriores;
- Reversões de reservas;
- Transferências para reservas;
- Lucro líquido do exercício;
- Dividendos;
- Parcela dos lucros incorporada ao capital.
Assim, possibilitando a coleta de dados sobre o saldo no final do período determinado.
4. Fluxo de Caixa
O Fluxo de Caixa indica a situação financeira da empresa em um determinado período, podendo ser diário, semanal, quinzenal, mensal ou até anual.
No entanto, é interessante que ele seja feito frequentemente para que sejam evitados prejuízos logo após seu surgimento.
Nesse registro, é possível analisar quanto de dinheiro entrou e saiu da empresa, a partir das aplicações financeiras e contas bancárias da empresa.
Com uma boa análise do fluxo de caixa, fica fácil descobrir para onde os recursos financeiros estão sendo aplicados. Assim, possibilitando um melhor controle financeiro para empresa.
5. Demonstração do valor adicionado (DVA)
A DVA informa sobre as riquezas geradas pela empresa em um determinado período de tempo.
Ela serve para avaliar o desempenho da empresa na geração de riquezas, mostrando como ela contribui para o desenvolvimento social e para a economia.
Para isso, são comparados os valores de entradas e saídas baseados no princípio de responsabilidade social. Assim, mostrando como esses resultados estiveram ligados ao bem social.
6. Notas explicativas
Por fim, as Notas Explicativas são documentos onde a empresa esclarece diversas informações, como:
- Situação patrimonial;
- Movimentações em contas, saldos e transações;
- Valores relacionados aos seus resultados;
- Questões que alterem o seu patrimônio.
Por isso, elas podem ser relacionadas a quaisquer outras demonstrações financeiras.
Geralmente, as Notas Financeiras são usadas para:
- Informar sobre as práticas contábeis do negócio;
- Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis no Brasil;
- Fornecer informações financeiras não contidas em outros relatórios financeiros.
Por conta disso, elas são uma ótima maneira para se obter rapidamente informações sobre a saúde financeira de uma empresa.
A partir dessas demonstrações financeiras, o gestor consegue tomar boas atitudes e, inclusive, criar seu orçamento empresarial de forma mais eficiente. Acompanhe a nossa carta do fundador, com conteúdos diários e gratuitos!