O divórcio extrajudicial tornou menos burocrático a ação de divórcio em si. Com ele, ambas as partes, se precavendo dos devidos documentos e processos, podem iniciar uma ação de divórcio extrajudicial.
A ação de divórcio extrajudicial funciona como uma extinção do vínculo conjugal realizado de forma mais ágil por conta de sua natureza.
O divórcio extrajudicial é uma modalidade mais rápida de divórcio devido a sua realização em cartório e desburocratização. Entretanto, essa rapidez e menor burocracia deriva de alguns requisitos prévios como: decisão sobre a guarda de dependentes e separação de bens.
Como funciona o divórcio extrajudicial
Como funciona o divórcio extrajudicial? O divórcio como um todo é: uma forma de extinguir laços ou vínculos conjugais.
Dessa maneira, o divórcio por cartório atua conforme um divórcio normal, porém, ao invés de realizado em um ambiente de juizado, ele pode ser feito em um cartório.
Para por em prática o divórcio em cartório se faz necessários alguns processos. Contudo, o primeiro passo é a vontade de um ou ambas as partes que estão matrimonialmente interligadas.
Nesse tipo de divórcio não se faz necessário o uso de uma “causa” ou motivo para divórcio.
Os requisitos para o divórcio em cartório
Para realização do divórcio extrajudicial em cartório, requer os seguintes itens:
- É necessário que ambas as partes estejam de acordo, ou seja, um divórcio consensual;
- Preferencialmente, o divórcio é utilizado por casais não tenham filhos ou que os mesmos já tenham atingido a maior idade;
- É obrigatório em caso de ter filhos menores de idade ou dependentes, uma resolução judicial prévia;
- Não é possível ser realizado em período de gravidez;
- Se faz necessário apenas um advogado para acompanhar o caso e elaborar os termos do divórcio.
Após esses tópicos os tabeliães começaram a preparar a escritura pública.
A escritura pública e a oficialização do divórcio extrajudicial
Para realização da escritura pública de divórcio consensual, os tabeliães devem cobrar os seguintes documento e informes:
- Certidão de casamento;
- Documento de identidade oficial e CPF;
- Poderão ser solicitados informes sobre profissão e endereço das partes envolvidas;
- No caso de haver pacto antenupcial (contrato realizado previamente ao casamento e que define as questões patrimoniais e divisão de bens), deve ser apresentado;
- Se houver filhos de maior idade, será requisitado todos os documentos e informes anteriormente citados, incluindo certidão de casamento dos mesmos (se houver);
- Documentos que comprovem os respectivos titulares sobre bens e imóveis;
- Declaração de divisão de bens (se houver);
- O tabelião irá questionar sobre retorno ao nome de solteiro ou não alteração, ambos opcionais;
- Deve se mostrar, se for o caso, os documentos de obrigatoriedade de pagamento da pensão alimentícia.
O valor do divórcio extrajudicial, adotando o custo total, vai depender de alguns critérios. Por exemplo, se tiver repasse de bens e imóveis, nesse caso, existe cobrança de impostos respectivos.
Por isso, é importante utilizar a educação financeira e verificar previamente no cartório de notas quais impostos incidirão sobre o caso.
Depois da realização do divórcio, o tabelião enviará a escritura pública para o Cartório de Registro Civil (CRC), o mesmo em que o casamento foi firmado.
Ao receber, o CRC irá classificar na certidão de casamento como divorciado. Somente após esse processo é que o divórcio, de fato, é efetivado.
Vantagens do divórcio extrajudicial
As vantagens do divórcio extrajudicial para além da não necessidade de ir a um juizado, são as seguintes:
- O processo de divórcio extrajudicial requer apenas um advogado, em virtude de ser uma ação em conjunto e de vontade mutua;
- A agilidade da separação extrajudicial devido: o não requerimento de novos documentos, já que os mesmos foram realizados previamente;
- Desburocratização no processo de divórcio: de fato, basta levar os documentos requeridos e será realizado o divórcio;
- Apesar da não gratuidade do divórcio extrajudicial: ele apresenta presenta custos baixos. Geralmente, impostos respectivos ao repasse de bens e imóveis, taxas cartorárias de emissão de documentos e pagamento dos honorários advocatícios.
Portanto, o divórcio extrajudicial atua como um facilitador, deve ser buscado quando ambas as partes estão de acordo e atendem aos requisitos do mesmo.