Economia comportamental: como ela explica as relações econômicas?

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A introdução de conhecimentos da área de psicologia ao estudo das ciências econômicas trouxe o conhecimento da economia comportamental.

O reconhecimento da contribuição que a economia comportamental trouxe é grande, apesar de que muitos ainda não saibam do que se trata na educação financeira.

O que é a economia comportamental?

A economia comportamental é o estudo de fatores psicológicos, cognitivos e comportamentais sobre as decisões dos indivíduos e as consequências disso para a dinâmica econômica.

Portanto, dentro de teorias econômicas, frequentemente na área da microeconomia, são introduzidas variáveis comportamentais que advém da psicologia.

Dessa forma, o comportamento dos agentes econômicos é mais bem representado, enriquecendo a análise econômica.

As origens da economia comportamental não são precisamente definidas. Entretanto, a economia do comportamento ficou mundialmente famosa após o economista Richard Thaler receber o prêmio nobel por suas contribuições.

Além da economia, a área das finanças comportamentais também recebeu grande contribuição dos conhecimentos da psicologia, trazendo importantes teorias sobre a tomada de decisão do consumidor e do investidor.

Principais tópicos da economia comportamental

A economia comportamental trouxe diversas e extensas contribuições para a análise comportamental da economia e seus estudos em geral.

Por tanto, para a introdução a este conhecimento importante dentro das ciências econômicos, é interessante que sejam conhecido alguns dos principais tópicos da economia comportamental.

Aversão ao risco

A aversão ao risco é um dos princípios da economia comportamental, comumente aplicado a finanças pessoais, que diz sobre a relutância de um consumidor ou investidor aceitar um negócio de retorno incerto e a preferência por um seguro, mesmo que menor.

Quando saímos da teoria e vamos analisar a realidade, esse conceito faz muito sentido.

É por conta da aversão ao risco que a maioria da pessoas optam por investimentos de renda fixa, considerados mais estáveis e seguros, em detrimento aos de renda variável, apesar dos maiores retornos e oportunidades financeiras.

Contabilidade mental

A contabilidade mental é o ato de analisar seus passivos e ativos, fazendo praticamente um balanço contábil, apenas mentalmente.

O problema dessa atitude é que para a mesma receita mensal são feitos dois balanços diferentes:

  • Mental: leva em consideração apenas as despesas que forem lembradas e planejadas;
  • Correto: leva em consideração todas as despesas e mostra o diagnóstico real das finanças pessoais.

Esse cálculo mental e análise subjetiva da nossa renda disponível pode ser usado para explicar, por exemplo, porque quando andamos com dinheiro na carteira tendemos a gastar menos do que usando apenas cartões de crédito.

Decisões irracionais

Na economia, supondo que o consumidor é racional, o objetivo da pessoa é tomar decisões que maximizem o seu lucro e/ou utilidade e minimizem os seus custos.

Entretanto, o que observamos na realidade são decisões irracionais no ponto de vista econômico e financeiro.

Por exemplo, uma pessoa direciona uma parcela maior do que deveria de seu orçamento em compra de roupas de marca, tudo isso para ser aceito dentro de um nicho social.

No ponto de vista das finanças, essa é uma decisão irracional, já que, para comprar roupas caras, o consumidor com determinado nível de renda abre mão de bens essenciais e muitas vezes contraí dívidas.

Importância da economia comportamental

Portanto, como pôde ser observado nos exemplos acima, a economia comportamental insere no estudos econômicos uma série de variáveis psicológicas que aproximam a análise da realidade.

Apesar de ser uma área considerada recente e com muito potencial, o estudo econômico comportamental é muito relevante e já vem agregando na macroeconomia e principalmente na microeconomia.

Portanto, é interessante se familiarizar com o termo economia comportamental e com as pautas abordadas por esse estudo, já que, futuramente, é provável que muitos estudos econômicos e financeiros surjam a partir do assunto. Assine nossa newsletter e receba conteúdos gratuitos no seu WhatsApp!

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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