Mesmo sendo uma prática comum no Brasil, emprestar o nome para terceiros é uma prática arriscada e perigosa para a educação financeira de uma pessoa.
Emprestar o nome pode até ser um ato solidário, mas no entanto, não vale o risco. Fazer o empréstimo de nome certamente ajuda a outra parte, mas trazer grandes prejuízos para quem faz a concessão
Emprestar seu nome em alguns casos pode até ser até mesmo ilegal. Por isso, é preciso estar atento aos problemas de emprestar o nome para não se envolver nenhuma situação de risco.
Os perigos de emprestar o seu nome para terceiros
No geral, as pessoas que costumam pedir para emprestar nome são familiares e amigos. Na maioria dos casos, se tratam de pessoas que:
- Estão negativadas e com o nome sujo nos serviços de proteção ao crédito;
- Possuem dificuldade de comprovar ou não possuem renda.
Mas mesmo sendo para pessoas próximas e supostamente confiáveis, essa prática oferece riscos.
Além de correr o risco de perder uma relação afetiva, quem opta por emprestar o nome pode:
- Ficar com o nome sujo: o risco de quem empresta o nome pode ser a negativação e a dificuldade para ações posteriores. Como, por exemplo, não poder comprar uma casa, fazer cartão de crédito, adquirir um automóvel, abrir um negócio ou até mesmo contratar serviços básicos como tv e internet;
- Ter dificuldades para cobrar a quitação do débito: por se tratar, na maioria das vezes, de relações próximas pode haver dificuldade para cobrar que a dívida seja quitada;
- Não ter garantias: algumas pessoas fazem acordos ‘boca a boca’. No entanto, a realidade é que na maioria dos casos, não há garantias de efetivação do pagamento da dívida;
- Arcar com a dívida: tendo problemas com o pagamento do débito, é comum que a pessoa que emprestou o nome assuma a dívida para não ficar com o nome sujo;
- Responder a crime de falsidade ideológica: no caso de empréstimo de nome para abertura de um negócio, por mais que o utilizador do nome emprestado assumisse no dia a dia a empresa. Indiretamente, quem emprestou o nome possui a obrigação perante o estabelecimento, pelo fato de possuir o nome nos documentos;
- Sofrer cobranças via processos judiciais: além de ser forçado a pagar a dívida, os custos podem aumentar se as cobranças dos credores forem realizadas via processos judiciais. Acrescentando o gasto com despesas advocatícias.
Emprestar o meu nome é crime?
O empréstimo de nome para que outras pessoas utilizem serviços como crédito, financiamento e até empréstimos pode ser considerado uma infração penal.
Principalmente, se o assunto for abertura de empresas. Em alguns casos, o ‘laranja’ e o utilizador do nome emprestado podem ser obrigados a pagar multa e até serem presos.
Emprestar o nome pode sujar o seu próprio histórico de crédito
Dentre os inúmeros motivos para não emprestar o nome, surge a constatação de que provavelmente, quem solicita para alguém emprestar nome já deve estar com o nome sujo na ‘praça’.
Pensando nisso, são grandes as possibilidades de não haver o cumprimento do compromisso com a dívida gerada. E em todos os casos, o débito oficialmente é de quem emprestou o nome, mesmo que não tenha utilizado o serviço.
Por isso, emprestar o nome não é uma boa uma alternativa para resolver a desorganização financeira de pessoas próximas, devendo ser evitado ao máximo. Na verdade, essa ‘solução’ só pode acabar trazendo mais dores de cabeça.