A Energias do Brasil (ENBR3) é uma empresa do setor de energia. Ela funciona como uma holding que detém investimentos nos segmentos de geração, distribuição, comercialização, transmissão e serviços de energia elétrica.
Os papéis da Energias do Brasil (ENBR3) podem ser vendidos e comprados dentro da bolsa de valores brasileira. Portanto, para quem investe em renda variável e gosta desse setor, vale conhecer mais sobre a empresa para saber se trata de um bom negócio.
O que é a Energias do Brasil (ENBR3)?
A EDP Energias do Brasil S.A (ENBR3) é empresa de controle da EDP em Portugal, uma das principais operadoras europeias no setor energético.
Criada no início do século 21, em 2000, a empresa deu entrada na bolsa de valores, realizando sua Oferta Pública Inicial em 2005. Por isso, na B3, é possível comprar e vender ações da empresa através do ticker ENBR3. Além disso, a Energias do Brasil tem mais de 250 milhões de ações em circulação, sendo 41,26% destas em Free Float.
Da mesma forma que a EDP, há outras empresas que também atuam nesse setor de energia. São elas, por exemplo, a Eneva (ENEV3) e a Eletrobrás (ELET3):
- Eneva: trata-se de uma empresa integrada de energia. Tem negócios complementares em geração de energia elétrica e exploração e produção de hidrocarbonetos no Brasil;
- Eletrobrás: é uma holding composta por empresas como Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Eletronuclear, com foco na integração energética na América do Sul.
Visto isso, é interessante entender a importância da Energias do Brasil (ENBR3) dentro do setor elétrico a partir do seu modelo de negócio e histórico.
O que a Energias do Brasil (ENBR3) faz?
A principal atividade da Energias do Brasil é o ramo de energia. Portanto, atua com:
- Geração;
- Transmissão;
- Distribuição.
Além disso, a companhia atua na comercialização de energia elétrica através de contratos fechados, de fornecimento de energia elétrica.
Como a Energias do Brasil (ENBR3) atua?
No segmento de geração, a Energias do Brasil atua no controle das operações de empreendimentos de fonte convencional (Usinas Hidroelétricas e uma Usina Termelétrica) em 6 estados do País. Além disso, detém 2,9 GW de capacidade instalada.
No segmento de distribuição, a empresa atua nos estados de São Paulo e Espírito Santo. Junto a isso, possui participação de 29,90% no capital social da Celesc, em Santa Catarina.
Já no segmento de comercialização, a empresa negocia contratos de compra e venda de energia com clientes distribuídos em todo território nacional.
No segmento de transmissão, a companhia possui 6 projetos, totalizando 1.441 km de extensão. Por fim, no segmento de serviços, através da EDP Grid, a empresa presta serviços técnicos e comerciais.
Ações da Energias do Brasil (ENBR3): como e onde negociar?
Para comprar e vender ações da Energias do Brasil (ENBR3), o investidor precisa usar plataformas online como o home broker. É importante também entender que tipo de papel a empresa oferta: ações ordinárias (ENBR3 ON), dando o direito ao voto durante as assembleias da empresa.
Para comprar papéis da Neoenergia, é preciso realizar a abertura de uma conta em uma corretora de valores que seja autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em seguida, o investidor deve fazer uma transferência TED ou um PIX para a instituição financeira com o valor que se deseja aplicar. Após isso, então, será possível selecionar ações da empresa (ENBR3).
Características das ações da Energias do Brasil (ENBR3)
A Energias do Brasil é uma Mid Cap. A classificação setorial da EDP, segundo dados da B3, é: Utilidade Pública e Energia Elétrica.
Além disso, o segmento de listagem da Energias do Brasil na bolsa de valores é Novo Mercado, que prioriza empresas com boa governança e alta transparência. Por fim, a empresa apresenta um Tag Along de 100% ON, além de um free float de 41,26%.
História da Energias do Brasil
As operações do Grupo EDP no Brasil tiveram início em 1996, com a aquisição de uma participação minoritária na Cerj – atualmente Ampla.
No ano seguinte, em 1997, o Grupo EDP no Brasil fez seu primeiro investimento na área de geração no país ao assumir 25% da hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães (TO).
Em 1998, a empresa realizou a compra do controle da Bandeirante Energia, em conjunto com a CPFL. Em seguida, em 1999, foi a vez da aquisição de participação direta e indireta na Iven, veículo controlador da Escelsa e da Enersul.
2001-2010
A Criação da EDP Brasil aconteceu, oficialmente, em 2000. Já em 2001, a empresa ganhou a concessão para construir a usina de Peixe Angical (TO), com potência de 452 MW.
Além disso, nesse ano, houve a cisão da Bandeirante Energia. Com a saída da CPFL do capital social da empresa, a Bandeirante Energia passa ser de controle somente da EDP Brasil.
No ano de 2002, a hidrelétrica Lajeado entrou em operação plena, com potência de 902,5 MW. Em 2005, o nome da empresa passou a ser EDP Energias do Brasil.
Nesse ano também, a companhia abriu o capital através do IPO. Já em 2006, as ações da Energias do Brasil ingressaram no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&F Bovespa.
Em 2007, em parceria com a MPX Mineração, a companhia adquiriu a Usina Termelétrica Pecém I, no Ceará. Em 2008, a EDP Energias do Brasil e EDP Renováveis criaram uma subsidiária e definiram o primeiro investimento eólico no país.
2010 -2020
Na chegada da nova década, em 2010, foi inaugurado, o Centro de Operação da Geração (COG) no ES. Em 2011, a EDP Energias de Portugal e China Three Gorges deram início a uma parceria estratégica.
Em 2012, Ana Maria Machado Fernandes assumiu o cargo de diretora-presidente da companhia. Nesse ano, ainda, a EDP Energias do Brasil venceu no leilão A-5, realizado pela ANEEL, a concessão da Central Hídrica de Cachoeira Caldeirão a se construir no Amapá.
Outro marco foi o ano de 2013, quando as ações da Companhia passaram a integrar o índice Bovespa. Em 2015, ocorreu a conclusão da Aquisição de 50% de Porto do Pecém I pertencentes à Eneva. A EDP Energias do Brasil passou a deter 100% do empreendimento.
Já em 2016, foi a vez da conclusão da Venda da Pantanal Energética. Em 2018, houve a entrada da empresa em operação comercial das UGs 02 e 03 da UHE São Manoel.
Linha do tempo da Energias do Brasil
- 1996: Início das operações da EDP, com a aquisição de uma participação minoritária na Cerj;
- 1997: Compra do controle da Bandeirante Energia, em conjunto com a CPFL;
- 1998: Aquisição de participação direta e indireta na Iven.
2001-2010
- 2000: Criação da EDP Brasil;
- 2001: Concessão para construir a usina de Peixe Angical (TO);
- 2002: Início da operação da hidrelétrica Lajeado;
- 2005: Empresa passa a ser EDP Energias do Brasil; IPO da companhia;
- 2006: Ações da Energias do Brasil ingressam no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&F Bovespa;
- 2007: Parceria com a MPX Mineração na qual a companhia adquire a Usina Termelétrica Pecém I, no Ceará;
- 2008: Criação de uma subsidiária pela EDP Energias do Brasil e EDP Renováveis.
2010 -2020
- 2010: Inauguração do Centro de Operação da Geração (COG);
- 2011: Parceria entre a EDP Energias de Portugal e a China Three Gorges;
- 2012: Ana Maria Machado Fernandes assume o cargo de diretora-presidente da companhia;
- 2013: Ações da Companhia integram o índice Bovespa;
- 2015: Conclusão da Aquisição de 50% de Porto do Pecém I pertencentes à Eneva;
- 2016: Conclusão da Venda da Pantanal Energética;
- 2018: Entrada em operação comercial das UGs 02 e 03 da UHE São Manoel.
Como lucrar com ações da Energias do Brasil (ENBR3)?
Em primeiro lugar, vale dizer que há diversas formas de lucrar com ações da Energias o Brasil na B3. Uma dessas formas, por exemplo, é através dos dividendos, que podem ser usados como uma renda extra ou para o reinvestimento, no caso de aplicações voltadas ao longo prazo.
Além isso, o investidor pode vender ações da empresa por um valor maior do que comprou. Essa prática é vista como de curto prazo. Portanto, isso vai depender do perfil do investidor de cada um e dos respectivos objetivos financeiros.
Outra forma prática de lucrar com os ativos da Energias do Brasil de forma segura é aderindo à diversificação de ativos, uma estratégia que consiste na criação de uma carteira de ativos variados, podendo ser de renda fixa ou renda variável.
Com isso, então, o investidor se protege contra flutuações financeiras causadas por crises gerais ou em determinados setores do mercado.
Vale a pena investir na Energias do Brasil (ENBR3)?
Entre os pontos positivos da Energias do Brasil se pode citar, por exemplo, a participação da empresa no Índice de Sustentabilidade da B3 (ISE).
O ISE, por sua vez, se constitui por empresas que se distinguem pelo compromisso com o desenvolvimento sustentável, equidade, transparência e prestação de contas. Além disso, a empresa apresenta uma boa governança e um baixo endividamento.
Por outro lado, trata-se de um setor em que é comum o pagamento de encargos ao governo. Sendo assim, os custos podem sofrer variações e, portanto, afetar a empresa. Junto a isso, trata-se de um nicho com muita concorrência.
Visto esses fatores, é importante que o investidor busque fazer uma análise fundamentalista antes de escolher uma empresa. Dessa forma, então, o investidor poderá fazer boas escolhas, tanto em relação a ENBR3, como em relação outros tickers.
Quais são os concorrentes da ENBR3?
Algumas das concorrentes da ENBR3 são, por exemplo, Eneva (ENEV3 e Eletrobráa (ELET3).
A ENBR3 participa do Ibovespa?
A empresa participa do IBOV com 0,21%.
A ENBR3 realiza o pagamento de dividendos?
A Energias do Brasil paga historicamente dividendos recorrentes.