Vale a pena fazer um financiamento para reforma?

financiamento para reforma

Muitas pessoas têm vontade de modernizar ou ajustar sua moradia e acabam optando por fazer um financiamento para reforma.

No entanto, para fazer um financiamento para reforma, é necessário, levar em consideração vários fatores, como a capacidade financeira de arcar com a dívida, por exemplo. Sendo bem aplicado na educação financeira.

O que é financiamento para reforma?

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O financiamento para reforma, é uma linha de crédito fornecida por instituições financeiras, com o objetivo de facilitar reformas na residência ou empresa do consumidor.

Como qualquer forma de crédito, o financiamento para reforma deve ser extremamente pensado e planejado, antes da realização de algum contrato.

As opções variam muito entre si, algumas cobrem todo o valor da obra, outras apenas uma parte.

Além disso, os juros cobrados também variam, ficando mais acessíveis quando o bem a ser reformado é dado como garantia.

Nestes casos, a atenção necessária é maior ainda, já que se a dívida não for paga, o banco poderá tomar posse do imóvel.

Opções de financiamentos para reforma

Existem diferentes meios de ter acesso a financiamento para reforma e construção, sendo alguns públicos (subsidiados) e outros disponibilizados para correntistas de bancos.

Entre os que funcionam como empréstimos governamentais, estão:

  • Construcard (Caixa Econômica Federal)
  • Fimac FGTS (Financiamento de material de construção)

Construcard

A caixa, a serviço do governo, oferece o construcard, que é uma linha de crédito para a compra de materiais de construções em algumas lojas credenciadas.

Além de materiais de construção, o consumidor pode utilizar esse crédito para adquirir uma série de itens, como:

  • Elevador;
  • Piscina;
  • Aquecedores;
  • Equipamentos de energia.

Com o Construcard, o crédito para reforma fica à disposição do consumidor por até 6 meses.

Mesmo assim, o período de amortização de todas as parcelas do financiamento pode durar até 236 meses.

Nem todos podem ter acesso a esse tipo de financiamento. Para isso, a pessoa deve se enquadrar nas seguintes condições:

  • Ter maioridade financeira (18 anos ou emancipado);
  • Não possuir dívidas em aberto com a Caixa Econômica Federal;
  • Ter como comprovar renda corretamente;
  • Ter bom histórico de crédito, não podendo ter seu nome incluído em listas como a do SPC e do Serasa.

Fimac FGTS

O financiamento para materiais de construção (Fimac) do FGTS,  pode ser uma opção mais atrativa para quem quer reformar casa ou apartamento.

Essa linha de crédito só é disponível para quem trabalha a mais de 3 anos com carteira assinada.

O crédito liberado com o Fimac pode chegar até o valor de 20 mil reais, que poderão ser pagos, com seus devidos juros, em até 10 anos.

Os juros cobrados nessa modalidade de financiamento para reforma, podem chegar no máximo ao valor de 12% ao ano.

Para quem está empregado no momento da solicitação, o crédito é facilmente liberado.

Entretanto, para quem for desempregado quando solicitar o Fimac, é necessário haver uma contribuição prévia ao FGTS de pelo menos 10% do valor total do financiamento.

Além disso, o imóvel a ser reformado não deve ultrapassar o valor de 500 mil reais.

Financiamento nos bancos em geral

Para as situações onde não há o auxílio governamental, as condições do financiamento devem ser negociadas diretamente com as instituições financeiras.

Os juros, nesses casos, são mais elevados do que nos casos citados acima, e, normalmente, o prazo para o pagamento das parcelas não é tão estendido

Para facilitar o acesso ao crédito e a juros mais atrativos, muitas vezes pode ser interessante colocar o imóvel como garantia no financiamento.

Entretanto, para este caso especialmente, é necessária muita atenção para cumprir com todas obrigações financeiras estabelecidas.

Vale a pena fazer um financiamento para reforma?

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Como já dito, o financiamento é uma forma de crédito, portanto, requer planejamento detalhado antes de recorrer a essa medida.

Pode ser uma estratégia interessante para quem quer fazer a reforma no apartamento inteiro, por exemplo, mas ainda não tem o recurso suficiente.

No entanto, até para esses casos, é necessário ao menos uma projeção de recebimento e garantia de renda que possa dar um certo conforto quanto ao pagamento da dívida.

Por fim, é necessário lembrar que a opção de recorrer a financiamento para reforma não deve ser a primeira opção do consumidor. É recomendado que esse recurso seja apenas usado em casos de real necessidade e com planejamento bem feito.

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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