Dentro do mercado acionário, é mais comum que encontrar fundos compostos em ativos de renda variável. No entanto, isso não é o que acontece com o IMAB11.
Sendo assim, o IMAB11 se configura como um ETF (Exchange Traded Funds) diferente, sendo de renda fixa.
O IMAB11 funciona a partir de uma junção de diversos títulos. No entanto, ele se difere do Tesouro Direto, pois é possível comprá-lo como um ETF na bolsa de valores, de forma similar a uma ação.
Entendendo o IMAB11
Embora o IMAB11 se comporte do mesmo modo que os ETFs de renda variável, ele apresenta em sua composição títulos da renda fixa.
Portanto, esse fundo também se chama “ETF de renda fixa”, já que é um dos poucos ETFs que seguem uma carteira de títulos públicos.
Alguns critérios para que títulos públicos não sejam eleitos para o IMAB11 são, por exemplo:
- Títulos com prazo de vencimento inferior a um mês em relação ao período de vigência da carteira teórica;
- Novos títulos colocados no mercado nos dois últimos dias úteis anteriores à data de revisão da carteira teórica.
Como funciona o IMAB11?
O IMAB11 foi criado pelo Itaú em parceria com o Tesouro Nacional, em 2019. Portanto, o administrador do fundo é o Itaú Unibanco S.A, que também é responsável pela administração deste fundo.
A composição do IMAB11 reúne 13 títulos. O IMAB11 possui uma política de investimento do fundo que determina que deve se investir, pelo menos, 95% do seu patrimônio em títulos do Índice IMA-B.
No geral, esse ETF busca refletir o índice IMA-B da Anbima (Índice de Mercado Anbima). Sendo assim, só é possível aplicar os 5% restantes em outros ativos ou produtos financeiros compatíveis com a regra do fundo.
Além disso, o fundo pode também investir em posições no mercado futuro do índice, com objetivo de refletir a performance do seu benchmark.
IMA-B
Quem é responsável por calcular o IMA-B é a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, isto é, a Anbima.
Vale ressaltar que é esse índice que se deve consultar quando desejar conhecer a rentabilidade dos títulos do Tesouro IPCA.
O IPCA + é um título do Tesouro Nacional conhecido por ser híbrido, já que possui uma parcela pré-fixada e outra pós-fixada, atrelada ao IPCA (índice de inflação).
Os ativos atrelados à inflação proporcionam rentabilidade real e ajudam a proteger o poder de compra do seu dinheiro.
Na prática, esse índice parte de diversos índices que se medem todos os dias. Porém, em conjunto, eles representam a carteira de títulos públicos federais disponíveis em mercado.
Como investir no IMAB11?
Por ser negociado em bolsa de valores, pessoas físicas podem adquirir cotas do IMAB11 a partir de uma corretora de valores.
Este é um procedimento padrão para investir em qualquer ETF do mercado. Além disso, é também necessário que esse fundo exista na corretora escolhida. Para isso, basta pesquisar por IMAB11 nela.
Ao encontrá-lo na corretora que deseja utilizar, é preciso transferir o valor desejado para a conta dessa instituição financeira.
Por último, dentro do home broker da corretora o investidor terá acesso ao ambiente de negociação da bolsa de valores. É nesse local que ele irá fazer a aplicação, isto é, escolher a quantidade de cotas, fazer a operação e cuidar do investimento.
Vale ressaltar que a taxa de administração do fundo é de 0,25% ao ano. Além dessa taxa, há a cobrança do Imposto de Renda, a uma alíquota de 15% sobre o lucro.
Vantagens do IMAB11
Existem algumas vantagens de investir no IMAB11. Uma delas é, por exemplo, o custo operacional ser baixo.
Além disso, o fundo não possui “come-cotas“, ou seja, uma antecipação no recolhimento do Imposto de Renda que acontece em fundos de investimento, em especial nos de multimercado e os de renda fixa.
Também por ser um fundo, não é necessário que o investidor reavalie o peso de cada título em sua carteira ou se preocupe em reinvestir cupons, por exemplo. Neste caso, o próprio gestor do fundo já fará esse trabalho.
Da mesma forma, por ter seu desempenho atrelado a uma cesta de produtos de renda fixa, ao comprar uma cota desse ETF, o investidor está diversificando seu investimento em 13 diferentes títulos públicos. Sendo assim, a diversificação também é um fator positivo do fundo.
Ainda, esse ETF não apresenta IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) para resgate nos primeiros 30 dias, comum a outros fundos de renda fixa. E, por fim, o Imposto de Renda é de 15% sobre o lucro no momento da venda das cotas, sem depender do período investido.
Desvantagens do IMAB11
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que todo investimento possui riscos associados, mesmo sendo um fundo que se baseia em renda fixa.
O risco de investir nesse ETF, portanto, segundo a própria administradora, está relacionado à variação de preço dos títulos públicos federais atrelados à inflação que compõem o índice IMA-B.
A variação de preços de NTN-Bs se associa ao prazo dos títulos. Como o ETF IMAB11 é composto por uma cesta de títulos, o risco é diversificado entre os ativos. Sendo assim, ele é menor, mas, ainda assim, existe.
Além disso, existem outras desvantagens do IMAB11, como, por exemplo:
- O fundo está presente em apenas algumas corretoras;
- A volatilidade é bem menor que a de ETFs de renda variável;
- Existem taxas de corretagem e emolumentos envolvidos;
- Apresenta taxa de administração de 0,25% ao ano;
- Não há previsão da mesma forma que o investimento direto em títulos IPCA+. Afinal, não há data de vencimento. Portanto, o investidor não tem garantia do quanto resgatará do seu investimento;
- Por ser de renda fixa, acentua o risco de descolamento de rentabilidade entre o fundo e o índice, que é presente em todo investimento por ETF.
Vale a pena investir no IMAB11?
Levando em conta esses fatores apresentados, o IMAB11 pode fazer sentido para os perfis mais conservadores ou aqueles que querem iniciar operações em bolsa de valores com menor volatilidade.
Portanto, antes de decidir investir no IMAB11, é interessante buscar traçar o seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros.
Qual a composição do IMAB11?
A composição do IMAB11 reúne 13 títulos.
Como o IMAB11 surgiu?
O Itaú criou o IMAB11 em parceria com o Tesouro Nacional, em 2019.
Quais as regras do IMAB11?
O fundo deve investir, pelo menos, 95% do seu patrimônio em títulos do Índice IMA-B. Os demais 5% podem ser investidos em outros ativos ou produtos financeiros compatíveis com as regras do fundo.