Existem diversos perfis de pessoas que fazem investimentos, tanto na renda fixa, quanto na renda variável. Entre eles, está o investidor conservador.
O investidor conservador possui algumas características particulares na hora de fazer o aporte do seu capital, já que existe um certo medo relacionado à algumas aplicações financeiras.
O que é investidor conservador?
O investidor conservador é aquele com um perfil de investimento não-agressivo, sendo ele uma pessoa física ou jurídica.
Isso significa que as aplicações desse perfil tendem a ser feitas em ativos menos arriscados, que disponibilizam maior controle sobre a rentabilidade final.
No mundo dos investimentos, é comum entender um ativo de risco como o mais lucrativo.
No entanto, mesmo investindo de maneira conservadora, é possível obter bons resultados financeiros.
Isso, é claro, se houver uma boa escolha de ativos e a diversificação da carteira de investimentos.
Quais são os outros perfis de investidores?
Antes de começar a investir, é importante identificar qual o seu perfil de investidor, para que assim você consiga traçar suas estratégias de investimento com seu dinheiro.
Para isso, vale s se questionar sobre:
- Capital disponível;
- Tolerância ao risco;
- Objetivos de curto, médio e longo prazo.
Além do perfil conservador, que busca segurança na hora de realizar aportes, ou seja, opta por investimentos com baixíssimo risco de perda financeira, existem:
Investidor Moderado
O perfil moderado de investimento preza pela segurança na hora de investir, mas ainda assim possui uma certa tolerância ao risco, dependendo de seu nível.
Por isso, sua carteira de ativos costuma ser composta tanto por investimentos em renda fixa quanto variável.
Assim, se tornando balanceada e, mesmo sem um alto risco, oferecendo maiores rentabilidades que o modelo conversador.
Investidor de risco / arrojado
O perfil agressivo ou arrojado é aquele que está disposto a assumir todos os riscos.
No entanto, é importante diferenciar essa característica da irresponsabilidade, já que o investidor agressivo possui um ótimo entendimento sobre o mercado financeiro.
E, a partir disso, utiliza informações para lidar com as variáveis do mundo dos investimentos.
Assim, investindo na modalidade peer-to-peer lending (P2P), também conhecida como renda fixa de alto risco, que oferece rentabilidades de até 250% do CDI.
Quais os riscos que um investidor pode correr?
O que faz de um investidor conservador é o seu desconforto ao aplicar em ativos mais voláteis, ou seja, de renda variável.
É claro que existem pessoas que deixam de optar por ativos mais arriscados por falta de conhecimento.
No entanto, isso não significa que o investidor defensor não possui conhecimento sobre as diferentes possibilidades de aporte, mas sim que o desconforto faz parte de sua personalidade.
E isso ocorre, pois existem alguns riscos ao investir, como:
Risco Sistêmico
Corresponde às alterações econômicas de maneira geral, que podem afetar todos os tipos de investimento.
Portanto, não pode ser evitado.
Risco de Mercado
Relacionado às oscilações dos ativos que integram a carteira de investimentos de acordo com flutuações de preços e cotações de mercado.
Além disso, taxas de juros e resultados das empresas com capital aberto na Bolsa de Valores também influenciam nos resultados de ativos.
Risco de Crédito
Possibilidade de não pagamento das obrigações financeiras pelos emissores de ativos.
Isso significa que, em alguns raros casos, pode ocorrer o calote financeiro, onde os juros dos ativos não são entregues ao final dos seus prazos de vencimento.
Risco de Concentração
Consiste no risco de perdas decorrentes da concentração de capital em apenas um ou poucos ativos.
Quando isso ocorre, caso esse ativo de prejuízo, todos os recursos do investidor são prejudicados.
No entanto, é importante destacar que o maior risco que qualquer investidor pode correr é começar a investir sem ter conhecimento.
Exemplo de investimento conservador
Os investimentos considerados conservadores são, em geral, os de renda fixa.
Isso porque, como o próprio nome já diz, essa é uma forma de investimento em que já se tem previsto sua rentabilidade (quanto será ganho ao final), suas regras e taxas.
Ela é composta por títulos de dívidas (papéis ou representações de dívidas) que podem ser adquiridos através das ofertas em instituições bancárias, empresas ou governo.
Esses títulos são valorizados de acordo com índices como: a inflação, taxa Selic, entre outros (a depender da modalidade).
Como exemplo bastante popular dessa forma de investimento, temos:
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título federal pós-fixado. Isso significa que sua rentabilidade está atrelada a variação de um índice, sendo ele a Taxa Selic, que faz com que seus rendimentos variem de acordo com os momentos econômicos do país.
Em constante baixa nos últimos anos, a Taxa Selic é estabelecida pelo Banco Central, responsável pelos juros básicos da economia.
Em geral, o Tesouro Selic é uma ótima aplicação para os investidores que buscam baixo risco, alta liquidez e praticidade.
É importante destacar que títulos federais como o Selic não contam como a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Isso porque, por ser uma aplicação garantida pelas contas públicas, o risco é praticamente nulo.
Ou seja, caso haja a falência do seu emissor, significa que todo o sistema brasileiro estará em colapso, impactando quaisquer outras opções de investimento cobertas pelo FGC.
Vale a pena ser um investidor conservador?
O ato de investir já é um grande diferencial para qualquer um, se comparado à grande maioria da população.
Isso porque quem investe tem atitudes financeiras muito melhores que quem não faz seu capital render.
Por conta disso, não existe uma regra geral sobre o melhor perfil financeiro.
O importante, na verdade, é aplicar seu dinheiro de maneira consciente de todos os riscos e benefícios relacionados ao ativo escolhido.
Assim, fazendo com que ele corresponda às suas expectativas.
Cada investidor precisa entender qual é a realidade que mais faz sentido dentro do contexto em que se está inserido.
O único ponto fundamental para qualquer tipo de investidor é a criação de uma reserva de emergência.
Com ela, é possível se prevenir contra eventuais problemas que demandem a venda de ativos e, consequentemente, causem prejuízos financeiros.
Por isso, ser um investidor conservador ou não é uma escolha particular de cada pessoa. Mas, em qualquer que seja o caso, é indispensável que se estude para que se comece a investir, já que ficar no campo da idealização não traz nenhum resultado.