Investidor de risco: saiba o que significa!

investidor de risco

Existem variados perfis de pessoas que fazem investimentos, tanto na renda fixa, quanto na renda variável. O investidor de risco, é um desses perfis.

O investidor de risco carrega consigo algumas características particulares na hora de fazer o aporte do seu capital.

O que é investidor de risco?

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Como o próprio nome sugere, o investidor de risco possui um perfil de investimento agressivo, podendo ser pessoa física ou pessoa jurídica.

Isso significa que as aplicações desse perfil tendem a ser mais arriscadas, disponibilizando menos controle sobre o retorno final.

No mundo dos investimentos, principalmente na renda variável, é comum escutar que: “quanto maior o risco, maior o retorno”.

E, por mais que alguns pensem que essa frase não representa a realidade, na maioria dos casos, o risco e retorno realmente andam juntos.

Um exemplo prático são as ações.

Quem aplica nessa modalidade de investimento aumenta as suas chances de rentabilidade. Mesmo assim, não existe uma promessa de retorno.

Alguém que compra um papéis de determinada empresa por R$10 cada pode, no futuro, ter esses mesmos papéis ‘avaliados’ em R$20, quanto em R$5.

Ou seja, os investidores de risco estão visando maiores lucros e, por isso, estão dispostos a correr maiores ameaças ao seu patrimônio aplicado.

Mas isso não quer dizer que, necessariamente, sejam investidores que não estudam o mercado de ações ou que são inconsequentes quanto ao seu capital.

Na verdade, a maioria desses investidores aplicam, antes tudo, em no seu próprio conhecimento. Dessa forma, se torna mais plausível os aportes, entendendo:

Conhecendo os vieses do investidor

Todos os conhecimentos citados anteriormente são essenciais para uma performance positiva na composição da carteira de ativos de qualquer investidor, mas um problema que é pouco conhecido e que tem grande influência são os vieses, inclusive a própria CVM (Comissão de Valores Mobiliários) alerta aos investidores o conhecimento e atenção sobre esses vieses.

Conhecer os vieses permite identificar tendências comportamentais que podem ser extremamente prejudiciais no mundo dos investimentos, não são apenas os fatores além do investidor que influenciam em uma boa ou má escolha financeira.

Segundo a CVM, os vieses são divididos em 7 categorias:

  1. Ancoragem;
  2. Aversão à perda;
  3. Falácia do jogador;
  4. Viés da confirmação;
  5. Lacunas de empatia;
  6. Autoconfiança excessiva;
  7. Efeito enquadramento.

Ancoragem

O viés da ancoragem diz que, todo consumidor é aludido por opiniões e informações previamente vistas e que elas podem influenciar na tomada de decisões.

Por exemplo, se você pensa em comprar uma ação porque, baseado na sua análise, parece uma boa escolha e acaba vendo na TV alguma especulação sobre o valor daquela empresa que você pensou em investir, pode ser que você mude de ideia e acabe não investindo naquela ação.

Mesmo que se tenha feito uma análise fundamentalista completa e que a sua base seja muito mais concreta do que uma simples especulação, aquela notícia pode fazer com que você, como investidor, se sinta inseguro.

Aversão à perda

Alguns investidores têm medo de arriscar ganhar mais, se o possível ganho envolver uma maior chance de perda. No caso de investidores agressivos, esse viés é mais incomum. Mas ainda assim, é preciso estar atento.

Falácia do jogador

A falácia do jogador, também conhecida como falácia do apostador ou falácia de Monte Carlo, diz respeito à falha de compreensão para calcular a probabilidade de um acontecimento baseado na quantidade de vezes que ele já aconteceu.

Por exemplo, imaginar que uma ação será valorizada só porque ela se desvalorizou em um passado, é irreal e não tem nenhuma base sólida para confiar nesse pensamento.

Viés da confirmação

O viés da confirmação funciona para comprovar crenças previamente estabelecidas. Ou seja, não se baseia na verdade do episódio atual e sim, no que foi construído antes.

Admitir um erro é comum no mundo dos investimentos, é preciso não ter medo de admitir falhas e estruturar novas estratégias.

Lacunas de empatia

O viés das lacunas de empatia diz respeito a oscilação de humor atrelada à emoção.

O investidor, por mais que ache que toda decisão é feita no racional, deve reconhecer que é humano e fatores internos não conscientes podem influenciar nas decisões, como:

  • Fome;
  • Raiva;
  • Medo.

Autoconfiança excessiva

O medo, na medida certa, pode ser um ótimo regulador de riscos. Principalmente para investidores agressivos, é preciso se controlar quanto ao excesso de confiança e certeza sobre aplicações.

Muitas vezes, um ‘erro’ está visível, mas por acreditar que “se sabe demais”, acaba deixando passar e, consequentemente, perdendo dinheiro.

Efeito enquadramento

As pessoas possuem mais aversão ao risco quando se trata de possíveis ganhos e possuem mais disposição para correr riscos quando a situação envolve possível impedimento ou compensação de perda.

Então, é indispensável mudar o jeito como se vê as coisas no mundo dos investimentos.

Defina as suas metas!

Estipular metas de curto, médio ou longo prazo é indispensável. Essa dica para investidores é à primeira vista, simples, mas muitos deixam de dar atenção à definição de metas.

Além disso, estipular metas ajuda a construir uma estratégia que traga bons retornos seja em ações compradas individualmente, em fundos de investimento em ações ou qualquer que seja o modelo aderido.

Por exemplo, se você compra ações focando o curto prazo, é provável que a performance não seja boa porque, fora do day trade, as ações são adquiridas no foco de longo prazo.

Para cumprir sonhos de curto prazo, o mais indicado investir em ativos de renda fixa, mesmo que seja contra intuitivo para quem tem o perfil de investimento agressivo.

Isso acontece porque vender ações em curto prazo pode fazer com que tenha uma grande perda de dinheiro, já que as oscilações são constantes e o investidor pode não ter clareza de identificar o melhor momento para se “desfazer” daquele papel.

Quais são os riscos que o investidor pode correr?

Em primeiro lugar, é preciso destacar que o maior risco que qualquer investidor pode correr é começar a aplicar sem ter conhecimento.

Existe uma confusão de que, o que se deve pensar primeiro é na rentabilidade de determinado investimento. Mas, na verdade, deve-se pensar se existe um preparo posterior para realizar aquela aplicação.

Imagine que existe uma rentabilidade de 20% a.a. em certo ativo e você investe sem saber quais são os riscos envolvidos, taxas, regras e afins.

A probabilidade de aquela oportunidade se tornar uma dor de cabeça é altíssima.

A pele no jogo é um fator importante para aprender com os próprios erros e acertos, mas isso não extingue a necessidade de um preparo antes de “entrar na arena”.

Afinal, quem investe não está focando em perder, e sim em ganhar!

É válido ressaltar que nem todo investidor de risco é propenso ao day trade. É preciso separar uma atuação de outra.

Um investidor de risco pode ser, simplesmente, alguém que aloca todo ou a maior parcela do seu capital em renda variável. Em quanto o trader é um personagem que atua na compra e venda de ativos no mesmo dia.

Ou seja, uma coisa não está, necessariamente, ligada a outra.

Assim, podemos separar os principais riscos em: sistêmicos e não sistêmicos.

Riscos sistêmicos

Esse tipo de risco não está ligado a nenhum fator que possa ser controlado pelo próprio investidor e, nesse caso, independente da estratégia, existe uma maior probabilidade de suas aplicações serem afetadas.

São situações como a crise econômica.

Riscos não-sistêmicos

Já no risco não-sistêmico, existe uma maior possibilidade de manutenção e prevenção contra essas situações. Esse tipo de risco está ligado, principalmente, a fatores como:

  • Problemas na empresa em que se investiu valores;
  • Baixa liquidez em investimentos;
  • Riscos operacionais.

Com uma boa estratégia, estudo e diversificação na carteira de investimentos, é possível lidar com os riscos não-sistêmicos sem prejudicar o capital e, até mesmo, a qualidade de vida.

Vale a pena ser um investidor de risco?

Não existe uma regra ou um consenso sobre qual seria o melhor perfil de investidor. Dentre os principais que, além de risco, são dois tipos de investidores: conservador e moderado.

Conservador

O investidor conservador está em busca de segurança, mesmo que isso signifique ganhos menores. Isso acontece porque esse perfil de investidor está focado em conservar o seu dinheiro e não diretamente em aumentar a sua riqueza.

É comum que o conservador aplique todo ou a maior parte do seu capital em ativos de renda fixa.

Moderado

O investidor moderado é o ponto de equilíbrio entre o conservador e moderado. Esse tipo de investidor está focado em ter uma certa segurança, mas também está em busca de alcançar ganhos maiores, mesmo que isso signifique expor parte do seu capital em ativos mais voláteis.

É comum que o moderado invista parte do seu capital em renda fixa e outra parte em renda variável, mas é sofre maior tendência em aplicar um montante um pouco maior em ativos de renda fixa e pode ir regulando os aportes de acordo com o rendimento do produto escolhido.

Cada investidor precisa entender qual é a realidade que mais faz sentido dentro do contexto em que se está inserido.

Como alguém que não possui uma reserva de emergência e já começa atuando de uma forma arrojada, pode ser problemas eventuais e precisar vender as suas ações, por exemplo, e está sujeito a situações externas.

Isso significa dizer que as chances de perda de dinheiro são maiores do que se houvesse uma reserva que o protegesse de eventuais situações.

Por isso, ser um investidor de risco ou não é uma escolha particular de cada pessoa. Mas, em qualquer que seja o caso, é indispensável que se estude para que se comece a investir, já que ficar no campo da idealização não traz nenhum resultado.

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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