Um investimento arrojado costuma ser a opção de pessoas com bom conhecimento sobre o mercado financeiro.
Isso porque fazer um investimento arrojado, mesmo que seja algo com um maior potencial de rentabilidade, é algo que apresenta mais riscos que o comum.
O que é um investimento arrojado?
Um investimento arrojado ou agressivo é aquele que, para oferecer melhores resultados ao investidor, ou seja, render bem acima da taxa básica de juros, possui maior volatilidade.
E por conta disso, caso seja mal administrado, pode acabar causando grandes prejuízos financeiros.
Os investimentos que se enquadram nessa categoria são os de renda variável, com retornos atrelados ao desenvolvimento da economia e das empresas.
Para aplicar em investimentos arrojados, é possível utilizar diversas estratégias, como a chamada alavancagem.
Com ela, o investidor opera quantias financeiras maiores que as de seu patrimônio, com o objetivo de potencializar seus ganhos.
Para que tipo de objetivo indica-se esse investimento?
O investimento agressivo é indicado para objetivos de médio e longo prazo, como a aposentadoria ou independência financeira.
Mesmo que, com ele, seja possível operar em Day Trade, a maioria dos investidores conseguem maiores resultados apenas com o passar dos anos.
Portanto, ele é uma ótima opção para quem deseja fazer seu patrimônio crescer de maneira um pouco mais elevada que a oferecida pela renda fixa.
Quem faz um investimento arrojado?
Quem aplica seu capital através de ativos mais arriscados é considerado um investidor arrojado, que está disposto a expor a maior parcela do seu patrimônio em renda variável, em busca de maior rentabilidade.
Portanto, mesmo que não exista uma promessa de mais lucro para esse investidor, faz mais sentido utilizar a regra do risco e retorno, no sentido de aumentar o seu capital.
O risco e retorno indica que quanto maior o risco envolvido na aplicação, maiores são as chances de rentabilidade.
Essa não é uma via de regra, ou seja, não significa que, por obrigação, todo investimento arriscado entregará uma boa possibilidade de retorno. No entanto, é o que acontece na maioria das vezes.
Assim, quem tem o perfil de investimento arrojado faz aplicações em ativos mais voláteis.
Um dos traços principais desse tipo de investidor, é que é necessário um maior conhecimento sobre toda a amplificação do universo de investimentos, por exemplo:
- Análise fundamentalista;
- Vieses de investidor;
- Economia.
Lembra-se que existem outros perfis que são mais moderados, mas que também estudam profundamente sobre todos os contextos dos investimentos.
Quem é arrojado enfrenta, assim como riscos maiores, a grande necessidade de preparo para evitar perda de dinheiro. Afinal, todo investidor está em busca de ganhar e não de perder.
A importância de se conhecer
Entender qual o seu perfil de investidor é fundamental para nortear suas estratégias ao começar a investir.
Isso porque existem diversos caminhos para que pessoas consigam fazer seu dinheiro render, cada um deles respeitando diferentes personalidades.
Portanto, essa análise serve como uma ferramenta para guiar os passos do indivíduo ao investir, considerando:
- Tolerância ao risco;
- Objetivo de curto, médio e longo prazo;
- Capital disponível.
Ou seja, não existe melhor ou pior forma de investir, apenas a mais adequada ao seu perfil.
O que são investimentos de renda variável?
O que faz com que os investimentos de renda variável sejam diferentes dos de renda fixa é a imprevisibilidade dos seus retornos financeiros.
Isso ocorre, porque os ativos oferecidos por essa modalidade não conseguem oferecer nenhuma certeza sobre seus rendimentos.
Como o próprio nome já diz, eles são ativos com renda variável, ou seja, seus rendimentos podem oscilar tanto positiva quanto negativamente. E é ai que está o risco.
Enquanto em aplicações como o Tesouro Direto o investidor pode saber quanto vai ganhar ao final do prazo do investimento, na renda variável isso é impossível.
Então, por que investir nesse ativo? Segundo a regra de risco e retorno, quanto maior o risco, maior a rentabilidade. E é nesse momento que muitos investidores mudam de ideia.
Na grande maioria das vezes, os ativos de renda fixa não oferecem uma rentabilidade tão atrativa quanto a os investimentos de renda fixa.
Mas vale lembrar que escolher um investimento arrojado, ou seja, com mais riscos envolvidos, não significa estar apostando na sorte de olhos fechados.
Com uma boa preparação através de estudos e um planejamento de investimentos, é possível aplicar em renda variável sem arriscar tanto seu capital, mesmo em opções arrojadas.
Praticando a educação financeira, estudando bem os ativos que você está interessado e diversificando suas aplicações, você amplia seus retornos e acelera sua liberdade financeira.
Exemplos de investimentos arrojados
Os ativos dentro do mercado financeiro funcionam de maneira equivalente, fazendo com que investimentos mais rentáveis sejam menos seguros e/ou possuam baixa liquidez.
Assim, servindo como uma troca de condições: “se você quiser ganhar mais, vai precisar correr mais riscos”.
O objetivo do investidor arrojado, ao saber disso, é conseguir o máximo possível desses resultados, mesmo que isso possa causar alguns prejuízos.
Como exemplos desse tipo de investimento, temos:
Ações
As ações, também conhecidas como “papéis“, são investimentos da renda variável que representam uma parcela do capital social de uma empresa com capital aberto.
O motivo para a abertura de capital é fazer com que os investidores financiem determinadas atividades da organização. Dessa forma, aumentando o seu poder econômico.
O proprietário de ações é conhecido como acionista e pode atuar individualmente ou de forma coletiva.
A empresa disponibiliza a venda de seus papéis através da Bolsa de Valores brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).
No entanto, o investidor não pode comprar as ações diretamente na Bolsa, é preciso que haja um intermediário. Nesse caso, uma corretora de valores.
Não existe um valor mínimo para começar a operar no mercado. O ideal é que, antes de investir em ações, se crie uma reserva de emergência.
Assim, o investidor pode passar por todas as oscilações sem prejudicar a sua capacidade financeira e a sua qualidade de vida.
Fundos multimercados
O Fundo Multimercado é uma modalidade de fundo de investimento que aplica o capital investido em diferentes mercados, como:
- Renda fixa;
- Ações;
- Câmbio.
Essa opção de investimento não segue as mesmas regras de outros fundos mais limitados, o que faz com que ele possa oferecer uma maior rentabilidade atrelada ao baixo risco.
No entanto, para isso, o capital fica sobre o poder de um gestor, que traça estratégias para as diferentes alocações.
Ele pode ser mais conservador ou ousado, dependendo do que for acordado com o proprietário da cota.
Já no caso dos fundos de renda fixa, é preciso ter ao menos 80% de seu patrimônio em títulos deste tipo, assim como os fundos de ações, com 67% alocados em renda variável.
É importante lembrar que, assim como qualquer outro fundo, o Multimercado não possui a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Porém, com uma boa escolha, o risco de calote por falência do administrador acaba diminuindo.
Minicontratos
Eles são acordos onde um comprador ou vendedor estabelece um compromisso de compra ou venda de um ativo determinado para uma certa data.
Nessa modalidade, podem ser transacionados:
- Commodities;
- Moedas;
- Índices;
- Ouro;
- Petróleo.
Todos eles são comercializados a um preço pré-estabelecido dentro do chamado Mercado Futuro, ambiente específico dentro da Bolsa.
Nesse, ambas as partes, comprador e vendedor (de contratos e não ativos), trabalham com a expectativa sobre a cotação futura do ativo escolhido.
Assim, é possível se resguardar de oscilações ou especular.
Imóveis
Consideram-se os investimentos também como renda variável, já que podem se valorizar ao longo do tempo e proporcionar recebimentos de aluguel para o proprietário.
Entretanto, existe o risco do proprietário pode ficar sem alugar o imóvel, fazendo com que ele perca o recebimento desses pagamentos.
Além disso, constantemente existem custos de manutenção do imóvel, que podem tornar o investimento desvantajoso.
Carteira de investimentos para investidor arrojado
A carteira de investimentos é a junção de todas as aplicações que determinada pessoa possui naquele momento. Isto é, onde estão alocados todos os investimentos.
Sem dúvida alguma, o investimento arrojado consiste na escolha de uma carteira com mais ativos em renda variável, como:
Mesmo assim, não é preciso dispensar completamente os investimentos da renda fixa, já que eles consistem em uma parcela fundamental para a diversificação da carteira.
Inclusive, para a criação de uma reserva de emergência, essencial para qualquer um.
Muitas pessoas costumam vender a ideia da existência de uma “carteira de investimentos ideal“, mas essa perspectiva é muito relativa.
Cada pessoa possui interesses e metas econômicas particulares, sejam elas de curto, médio e longo prazo.
Como montar a carteira de investimentos?
O investidor que deseja montar a sua primeira carteira de investimentos precisa, anteriormente, fazer análises macroeconômicas.
Isso significa observar fatores que vão muito além do cenário econômico e que podem influenciam em seus rendimentos, como:
- Ciclo financeiro;
- Perspectiva econômica;
- Histórico de ativos;
- Saúde financeira da empresa;
- Conjuntura política.
Assim, fazendo com a escolha do investimento arrojado seja bem fundamentada e, consequentemente, mais rentável.
Como começar a investir em renda variável?
Não existe uma única maneira de investir, já que, no mundo dos investimentos, existem milhares de estratégias e objetivos financeiros distintos.
Por isso, é preciso que, antes de começar a investir, você tenha em mente quais as suas intenções com o valor disponível e saiba o quanto está disposto a se arriscar.
Após isso, você deve estar atento a alguns pontos importantes:
Estabeleça um planejamento financeiro
Ter um planejamento financeiro estratégico significa ser honesto com suas necessidades e ambições financeiras. Muitas vezes, por falta de autoconhecimento, investidores ficam insatisfeitos com resultados que poderiam ser completamente diferentes.
Portanto, antes de investir, saiba exatamente onde você quer chegar, para que assim consiga entender o que será preciso fazer ao longo do período de investimento.
Para isso, leve em consideração sua condição financeira atual e a expectativa de evolução da sua renda no futuro.
Assim, você conseguirá criar um planejamento financeiro realístico que se permanecerá ao longo de sua experiência como investidor.
Abra uma conta na corretora
Para começar a investir depois de desenvolver seu planejamento, é preciso abrir uma conta em uma corretora de investimentos.
É essa instituição que fica responsável por intermediar grande parte das operações dos investidores, possibilitando uma maior segurança e praticidade.
Para isso, é comum que haja a cobrança de algumas taxas, dependendo do tipo de aplicação escolhida.
Analise bem seu perfil
O perfil arrojado de investidor costuma se interessar por ativos de renda variável.
No entanto, caso você decida investir em ações, por exemplo, é importante que você analise esses ativos de forma profunda, para entender se eles fazem sentido para seus objetivos.
É comum, quando falamos de perfil de investidor, que alguns ativos não se adequem à personalidade e, principalmente, às necessidades de quem irá investir.
Por isso, é importante avaliar, entre as opções de renda variável, aquela que te proporcionará resultados de acordo com o risco que você está disposto a correr.
Para os investidores “conservadores moderados“, por exemplo, o investimento em fundos pode ser uma opção. Já para aqueles com um perfil de investidor conservador, essa já não é uma alternativa válida.
Portanto, antes de escolher por um ativo na sua corretora, estude-o, avaliando a sua volatilidade e rentabilidade, para assim conseguir tomar boas decisões com seu dinheiro.
Entenda o comportamento do mercado
Após escolher bem um ativo, seja ele uma ação, FII ou ETF, não há razão para se preocupar com possíveis desvalorizações, principalmente no curto prazo.
É bastante comum que as aplicações de renda variável sofram oscilações ao longo do tempo, já que seus preços definem-se pela oferta e demanda do mercado.
Essa variação acaba assustando muitos investidores inexperientes, que vendem ativos com desvalorização no curto prazo e acabam sofrendo prejuízos.
Por isso, busque entender a dinâmica do mercado no qual você está aplicando seu dinheiro e esteja pronto para assumir pequenas perdas que poderão se transformar em grandes retornos no longo prazo.
Diversifique seus investimentos
Mesmo que você esteja interessado em um investimento arrojado, é importante entender que, para preservar a integridade de seu patrimônio, algumas cautelas precisam ser tomadas.
Entre elas, a principal e mais lucrativa é a diversificação.
Mesmo que se expor ao risco seja inevitável em um tipo de investimento arrojado, existem outras opções de ativos que podem atender outras áreas fundamentais de sua vida.
Compor uma carteira de investimentos com aplicações de diferentes categorias, até mesmo de renda fixa, faz com que você tenha uma parcela de segurança para suas diferentes estratégias, como a aposentadoria ou a reserva de emergência, por exemplo.
Além disso, quando falamos do mercado de renda variável, a diversificação também é importante. Isso porque, ao investir em empresas de apenas um setor, por exemplo, se houver uma crise, todos os seus investimentos sofrerão prejuízo.
Já quando se aplica em empresas de setores opostos, mesmo em caso de crise, uma parcela de seus ativos vai ser beneficiado, equilibrando sua rentabilidade total.
Investimento arrojado não é seguro?
Grande parte dos investidores ainda possuem medo de investir em aplicações arrojadas dentro do mercado de renda variável.
Isso acontece, pois é preciso entender bem esses ativos para que seu capital não seja afetado negativamente.
Inclusive, todos os investidores conseguiriam muito mais rentabilidade, caso escolhessem alguns opções de ativos de renda variável em sua carteira.
Assim como qualquer tipo de investimento, o investimento arrojado exige sim conhecimentos econômicos, desde voltados à macroeconomia até a análise micro de uma empresa.
E isso faz com que você obtenha resultados muito mais lucrativos do que se deixasse tudo por conta de uma instituição, por exemplo, que cobra taxas altas de administração e escolhem opções de acordo com seus interesses próprios.
Por isso, busque referências no assunto, leia livros e continue buscando conteúdos sobre investimento arrojado. Dessa forma, você evitará a especulação e se beneficiará com as recompensas no médio e longo prazo.
O que é um investimento arrojado?
Um investimento que pode ser considerado arrojado é aquele que busca oferecer altos resultados aos investidores. Por isso, objetiva render acima da taxa básica de juros além de possuir maior volatilidade.
Quais investimentos podem ser considerados arrojados?
Dentre os investimentos considerados arrojados tem-se como exemplo as ações, fundos multimercados e Minicontratos.
O que objetivam os investidores arrojados?
Objetivam conseguir uma rentabilidade mais alta.