Evidentemente, ao investir no mercado acionário, os investidores possuem o objetivo de escolher as melhores ações disponíveis.
No entanto, nem sempre é possível escolher as melhores ações de um determinado período. Já que, a rentabilidade, principalmente no curto prazo, tem um caráter parcialmente imprevisível.
Além disso, o conceito de melhores ações é muito relativo, dependendo das preferências e objetivos específicos do investidor.
Por isso, a preocupação do investidor deve ser descobrir como escolher as melhores ações de acordo com os seus objetivos.
O que são ações?
As ações surgem como uma fração do capital social de uma companhia. Ou seja, quando o investidor compra a ação de uma empresa ele torna-se sócio da companhia.
Assim, começa a participar dos lucros e/ou prejuízos, como qualquer empresário ou acionista da empresa.
Lembrando que quando o investidor adquire ações na bolsa, não existe uma garantia referente à rentabilidade.
Tipos de ações
Dentre os tipos de ações existentes, existem dois tipos básicos, são elas:
- Preferenciais (PN);
- Ordinárias (ON).
Ações preferenciais (PN)
As ações preferenciais oferecem direito preferencial aos acionistas referente ao pagamento de dividendos, como também em caso de liquidação da companhia.
Ou seja, caso a empresa venha a falir, os acionistas preferenciais do negócio possuem maiores chances de recuperar o investimento do que os investidores que optam por investir em ações ordinárias.
Assim, na bolsa de valores, as ações preferenciais são identificadas com o número 4 ao final do código.
Ações ordinárias (ON)
Esse tipo de ação disponibiliza direito ao voto durante as assembleias empresariais para seus acionistas.
Isto é, quanto maior o quantitativo de ações, maior será o peso do voto.
Assim, as ações ordinárias são identificadas quando seu código termina em 3.
Units
As Units funcionam como um pacote, possuindo ações PNs e ONs. Por isso, seu ticker de negociação é identificado com o final 11.
Como escolher as melhores ações?
Como dito anteriormente, as ações da bolsa de valores vão variar de acordo com as necessidades e preferências do próprio investidor.
Então, o primeiro passo para escolher a melhor ação, é o investidor definir seu perfil, que diz sobre o nível de exposição ao risco que está disposto, por exemplo.
Existem 3 principais perfis de investidores:
- Perfil conservador: não gosta de se expor ao risco e tem preferência por liquidez. Normalmente investe em renda fixa, mas nas ações pode investir em blue chips, que são as maiores e mais consolidadas empresas da bolsa.
- Perfil moderado: este investidor está mais disposto a alocar uma maior parte da sua carteira em ações, variando entre blue chips, majoritariamente, e algumas empresas mais arriscadas e com maior potencial de crescimento.
- Perfil arrojado: perfil que abre mão de investimentos caracterizados pela alta previsibilidade e não tem tanta preferência pela liquidez. Aloca a maioria dos seus recursos na renda variável, principalmente em ações e fundos imobiliários.
Conhecendo mais a fundo o seu perfil, o investidor poderá partir para a análise, que se enquadrem as suas preferências de investimentos.
O que analisar para escolher ações?
Primeiramente, analisar ações, diferente do que muito se discute, não é tão complexo assim.
Para uma análise simples, porém fundamentada, é interessante que o investidor observe 3 principais pontos:
- Saúde financeira da empresa;
- Fatores macroeconômicos;
- Preço atual da ação.
Saúde financeira da empresa
Para investir, sobretudo com o foco no longo prazo, é indispensável analisar a saúde financeira da empresa.
Existem diversas formas de analisar as finanças de um empresa.
No entanto, existem algumas que são fáceis, facilmente aplicável por investidores iniciantes.
A dica é a seguinte: empresas com uma boa saúde financeira devem ter um dívida bruta menor que o patrimônio líquido e/ou menos de 3 vezes maior que o EBTIDA do negócio.
Claro, quanto menor o endividamento da empresa, menos o investidor precisará se preocupar com essas questões relativas as finanças empresariais.
Fatores macroeconômicos
Vivemos ciclos econômicos. Ou seja, passaremos, sem dúvidas, por momentos de recessão e momentos de crescimento.
Portanto, é muito importante que o investidor conheça os principais indicadores macroeconômicos, para analisar como a economia do país ou região está indo.
Quando a economia cresce, normalmente, é favorável para todas empresas como um todo, e vice-versa.
Então o melhor momento para investir em ações pode ser justamente em um momento que o país está saindo de queda e caminhando para uma escalada de crescimento econômico.
Preço atual da ação
Muitos defendem que preço não importa. Isso, em partes, faz sentido.
Se você analisou bem um ativo, entende que o momento econômico é propício para esse negócio, independente do preço que você adquira ele primeiramente, será possível obter retornos, através de valorização e/ou dividendos.
No entanto, o seu conceito de melhor ação, pode levar em consideração o potencial de rentabilidade do ativo.
E, se o investidor adquire um ativo em um momento no qual o seu valor de mercado é maior que seu próprio valor patrimonial, por exemplo, pode ser que ele não esteja aproveitando todo potencial de retorno desta ação.
Por isso, é muito interessante comprar ações quando a bolsa está em queda. Nestes casos, podem estar sendo precificadas por um valor abaixo do que realmente valem, o que é um ótimo negócio para o investidor.
Existe uma única e exclusiva melhor ação?
Devido a individualidade de cada investidor não se pode limitar a uma única e exclusiva ação.
É possível definir uma melhor ação se os investidores tivessem acesso hoje ao preço das ações em um determinado período futuro.
Assim, poderíamos ver qual ação entregou mais retorno para seus acionistas.
No entanto, este não é o caso. Logo, não podemos definir especificamente uma ação apenas que seja qualificada como a melhor.
Todavia, é possível que o investidor, a partir do que foi introduzido acima, escolha uma ação que mais satisfaça seus objetivos.
Caso o investidor não saiba lidar bem com a volatilidade e risco, empresas com grande potencial de crescimento podem ser as melhores opções.
Portanto, o mais importante é analisar o mercado, conhecer as empresas que estão sendo negociadas e, sobretudo, conhecer o tipo de empresa que mais te agrada.
Para assim, por meio da educação financeira, selecionar as melhores ações da bolsa de valores.
Como escolher boas ações?
Para fazer boas escolhas de ações é importante definir o perfil investidor e o nível de risco que o investidor está disposto a correr.
Como analisar uma ação na B3?
É importante analisar a saúde financeira da empresa, seus fatores macroeconômicos e o preço atual da ação.