Para quem quer entender mais sobre os investimentos, é indispensável entender, primeiramente, sobre o mercado financeiro.
Conhecer o mercado financeiro não significa, necessariamente, se tornar um profissional da área, mas sim compreender que o conhecimento é essencial para aumentar as possibilidades de ganho e diminuir os riscos envolvidos no processo de construção de riqueza.
O que é mercado financeiro?
O mercado financeiro é um ambiente de negociação de compra e venda de produtos financeiros, como, títulos públicos, moedas internacionais, ações e afins.
Ou seja, o investidor (aquele que aplica o dinheiro a fim de ter rentabilidade), realiza um aporte e, em cima do valor investido, recebe juros.
Para que ocorra essa relação com os produtos financeiros, existe a intermediação de uma corretora de valores.
No Brasil, todo esse processo entre corretora e investidor, direciona para a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Esses valores aplicados ficam sob posse dos tomadores/emissores (quem precisa de mais recursos do que possuem.
Assim, pegam empréstimos com terceiros para custear as suas atividades através da emissão de títulos de crédito e afins).
Desse modo, ocorre o fluxo da economia. O desenvolvimento mútuo que permite que ambos os lados, tanto investidor quanto o tomador saiam lucrando e captando recursos para colocar suas metas financeiras em prática.
Lembrando que, existem diversas possibilidades de rendimento a depender da modalidade do investimento. Se, por exemplo, é um aporte em renda fixa ou em renda variável.
Não apenas a modalidade, mas o tipo de produto, tempo e valor, também influenciam no recebimento final.
Renda fixa
O investidor que aplica na renda fixa pode ter uma margem de segurança maior do que se investisse em renda variável.
Isso porque, a renda fixa, permite uma projeção mais assertiva e previsibilidade sobre o investimento, antes de chegar a “data limite” em que aquele valor será retirado.
Isto é, quem investe pode optar por modalidades: prefixadas, pós-fixadas ou híbridas.
- Prefixadas: possuem um juro anual definido;
- Pós-fixadas: o juro é atrelado a um indicador;
- Híbridas: possui um juro fixo, mas também sofre variações de acordo com um índice determinado.
Renda variável
Na renda variável, existe uma maior volatilidade. Dessa forma, não há possibilidade de previsão sobre o retorno e nem garantias sobre o montante final que será captado.
Se um investidor opta por comprar uma ação, por exemplo, ele sabe exatamente quanto está pagando por aquele papel naquele momento, mas não existe a chance de ter certeza sobre o quanto aquela mesma ação valerá daqui há 2 ou mais anos.
Ou seja, a renda variável pode sofrer valorização ou desvalorização. Existem diversas questões que podem estar envolvidas nesse processo, como: situação política, econômica e afins.
No entanto, para ter mais chances de sucesso em qualquer que seja a renda (fixa ou variável), é imprescindível realizar um estudo e análise sobre os tipos de aplicações disponíveis.
E também entender qual ou quais delas faz mais sentido com o perfil do investidor, suas disponibilidades financeiras e objetivos de curto, médio e longo prazo.
Como é dividido o mercado financeiro?
Para formar a estrutura geral do mercado financeiro, existem algumas subdivisões, como:
- Mercado de capitais;
- Mercado monetário;
- Mercado de câmbio;
- Mercado de crédito.
Mercado de capitais
Esse mercado está diretamente ligado à distribuição de valores mobiliários. Quem optar por investimentos dessa área, pode se deparar com, por exemplo, com as ações da Bolsa de Valores.
Mercado monetário
No mercado monetário, podemos encontrar as transações de curto prazo. Por exemplo, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é disponibilizado através dessa subdivisão do mercado financeiro.
Mercado de câmbio
O mercado de câmbio consiste, basicamente, na troca de moedas estrangeiras e nacionais. A título de exemplo, um investidor que optar por entrar nesse tipo de mercado, pode investir em fundos cambiais.
Mercado de crédito
Esse é um mercado que cresce, principalmente, nos momentos de crise. Aqui são negociados os recursos financeiros para curto, médio e longo prazo (empresas e pessoas físicas). Um exemplo disso, é o cartão de crédito.
Quais são as principais instituições do mercado financeiro?
Há grandes chances de, mesmo aqueles que não investem, terem escutado falar sobre o Banco Central. Esse é um dos principais agentes constituintes do mercado financeiro, no entanto, não é o único.
O Banco Central (BACEN) é uma das principais figuras da economia, afinal, é através dele que existe o controle na inflação, determinação da taxa básica de juros (SELIC), entre outros aspectos.
Mas além dele temos também outras instituições, como:
CMN (Conselho Monetário Nacional)
Essa instituição do mercado financeiro tem como função normatizar o mercado e supervisionar o cumprimento de suas funções. Por exemplo, através da CMN que foi autorizada a constituição do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
CVM (Conselho de Valores Mobiliários)
Instituição que fiscaliza o mercado de valores mobiliários e um produto muito comum desse mercado, como falado anteriormente, são as ações.
Portanto, o mercado financeiro é algo bastante extenso, mas não tão complicado de entender. Para quem quer começar a investir entendendo todos os conceitos, ou até mesmo, começar a trabalhar na área, buscar conhecimento é algo muito pertinente!