O Minicontrato é uma das modalidades de investimentos que opera através do Mini Índice e Mini Dólar. Eles funcionam de acordo com o mercado futuro.

Dentro dos minicontratos, portanto, o Míni Índice pode ser mais acessível para quem deseja iniciar no universo avançado das aplicações de renda variável. Já o mini dólar, por seu preço e fixagem no dólar, requer uma cautela maior.

Os contratos de Mini Dólar operam através da Bolsa de Valores e podem ser uma alternativa mais custosa e arriscada, porém, seus rendimentos podem ser mais atrativos.

O que é Mini Dólar?

Criado em 2011, o Mini Dólar faz parte do Mercado Futuro. Essa aplicação acontece através dos chamados minicontratos na Bolsa de Valores, se baseando no valor das ações do dólar americano.

Sendo assim, eles podem ser negociados dentro da Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F). Os minicontratos são ativos que funcionam através da compra e venda de uma moeda, commodities ou índices que possuem datas para firmar compra ou venda futuramente, por exemplo.

A taxa de câmbio do Mini Dólar é a relação entre as moedas Real e Dólar. Além disso, sua cotação sempre será variável.

Isso porque, em investimentos como esse, o ganho ou perda de dinheiro sempre dependerá da valorização ou desvalorização do dólar e sua disponibilidade no mercado, que depende do fluxo de importação e exportação de bens e serviços dentro de um país.

Como funciona o Mercado Futuro?

No Mercado Futuro podem ser feitas diversas operações com os mais variados riscos. Nesta categoria, portanto, existem especuladores chamados de traders, que são pessoas capacitadas para analisar flutuações do mercado variável e quando uma operação vale a pena.

No entanto, mesmo tendo esse perfil de menor aversão ao risco, estes investidores almejam operações com:

• Baixo índice de riscos;
• Retorno mais rápido;
• Maior margem para lucro.

Dessa forma, ele é movimentado por compra e venda de um ativo que possui data futura para firmar o contrato, por isso, é chamado de Mercado Futuro.

Logo, a partir do momento que um investidor decide comprar um contrato futuro, ele se compromete a efetuar a compra na data de vencimento pelo valor já determinado.

Assim, um investidor pode proteger suas posições na Bolsa de Valores contra variações que possam levar a uma queda relativa dos preços.

Esta ação é chamada de hedge, que é uma estratégia utilizada para diminuir os riscos de um investimento neutralizando a posição de sua venda ou compra para que ela não varie. Desse modo, pode evitar perdas futuras em seus rendimentos.

Como operar Mini Dólar?

Um minicontrato de Mini Dólar deriva de um contrato cheio. Por isso, costumam ser mais acessíveis, principalmente, para pessoas físicas. Ele possui um contrato com lote mínimo e representa uma fração do contrato futuro do dólar.

Por exemplo, uma pizza é o equivalente a um “contrato cheio” de dólar. Já o mini dólar, seria equivalente a apenas uma fatia, ou seja, a fatia é mais acessível que uma pizza inteira.

Quando se trata de operações rápidas como Day Trade, o Mini Dólar pode ser uma decisão mais avançada e arriscada, pois tem volatilidade e liquidez. No entanto, o investidor costuma obter lucro mais rápido que em aplicações com ações.

No geral, ainda, um contrato cheio de dólar vale em média U$ 50.000 (cinquenta mil dólares). Já o minicontrato do dólar custa o equivalente a U$ 10.000 (dez mil dólares).

Como ativos de minicontratos são pré-acordados, então, o primeiro dia útil do mês funciona como data de vencimento. Ou seja, eles se negociam sempre um mês antes da data do ativo vencer. No Brasil, podem ser acordados na Bolsa de Valores das 9h às 18h.

Por último, vale ressaltar que existe um ajuste diário na Bolsa de Valores e, desse modo é possível saber quem obteve lucro ou prejuízo. Sendo assim, o ajuste financeiro é feito de modo automático na conta dos investidores.

Código Mini Dólar (WDO)

O código para negociar Mini Dólar é a sigla WDO, seguindo pelas letras que representam o mês e ano de vencimento do contrato.

Sendo assim, o código de operação funciona da seguinte forma:

Custo de operação

Existem cinco tipos de custos diferentes para operar Mini Dólar, sendo eles:

1. Taxa de Corretagem: corretoras possuem uma taxa diferente para intermediar as operações entre o investidor e a Bolsa de Valores. Essas taxas podem ser fixas ou variáveis;
2. Emolumentos: cobradas pela BM&FBOVESPA e CBLC, estas são taxas de liquidação e negociação sobre o volume financeiro negociado;
3. ISS: este é um imposto municipal que é pago junto à taxa de corretagem;
4. Imposto de Renda (IR): esse imposto só é pago por investidores que possuem lucro acima de 20 mil reais em um contrato. No entanto, o valor se desconta apenas em cima do lucro obtido;
5. Taxa de custódia: valor que se cobra sobre o valor total da carteira de investimentos. Então, esse percentual pode aumentar conforme o valor investido aumenta.

No caso da taxa de corretagem, quem cobra é a corretora e ela pode aumentar à medida que os recursos financeiros também aumentam. Portanto, o valor a se pagar depende da quantidade de contratos.

Além disso, se o investidor fizer uma boa compra ou venda e aumentar seus lucros, a corretora também ganhará de modo proporcional ao serviço prestado.

Já na corretagem fixa, o investidor paga o mesmo valor pela corretagem de forma independente da quantidade de contratos que estão sendo movimentados.

Vale a pena investir em Mini Dólar?

Em primeiro lugar, vale dizer que qualquer modalidade de aplicação em renda variável apresenta risco. Quando o investidor é  experiente, fazer investimentos em ativos do Mercado Futuro pode se tornar mais atrativo.

Por essa razão, o Mini Dólar é a representação disso: um contrato que pode ser interessante por render de modo mais rápido que ações. No entanto, não elimina a chance de prejuízos. Por isso, é necessário ter cautela na hora de decidir sobre suas operações.