Parcelar fatura, fazer um pagamento mínimo ou deixar a dívida correndo até ter o valor total? Essas são dúvidas comuns de quem utiliza cartão de crédito sem organização financeira e se deixa levar pela ideia de acesso fácil a essa forma de pagamento eletrônico.
Chegou o dia da fatura, mas o devedor opta por fazer o pagamento mínimo da fatura por não não possuir saldo suficiente para quitar aquela dívida integralmente. E agora, o que acontece?
Pagamento mínimo da fatura é das alternativas oferecidas pelas instituições bancárias para quitar uma dívida de cartão de crédito. Pode parecer uma alternativa atraente, mas existem desvantagens do pagamento mínimo.
Regra do pagamento mínimo
Anteriormente, a regra do mínimo a se pagar se restringia a 15% do valor total da fatura.
Hoje em dia, essa norma é diferente. Cada banco determina o valor mínimo para o cliente, podendo ser inferior ou superior ao anteriormente imposto de 15%.
Rotativo do cartão de crédito
Quando o cliente opta por fazer o pagamento mínimo do cartão de crédito, entra automaticamente no processo de crédito rotativo. Ou seja, acontece um tipo de empréstimo que recai junto com juros no restante do valor a pagar.
Antes, esse rotativo não possuía data de validade. Dessa forma, o cliente entrava em uma bola de neve pagando juros sobre juros.
Agora, o consumidor não pode ultrapassar o período de 30 dias no rotativo do cartão de crédito.
Quando é passado esse período, o banco é obrigado a oferecer uma nova linha de crédito para que o cliente consiga pagar o débito.
No entanto, as opções oferecidas nem sempre são vantajosas e o ideal é fazer de tudo para evitá-las.
Por exemplo, ao pagar o mínimo e ultrapassar o período de 30 dias, o banco pode oferecer uma opção de parcelamento do valor restante.
O que significa que: o cliente irá pagar, além dos juros rescindidos sobre o pagamento mínimo, os juros acrescidos no parcelamento da fatura.
Como fazer o pagamento mínimo
A porcentagem será definida pelo cartão e entregue ao cliente. Depois de efetuar o pagamento referente ao valor mínimo, o consumidor passa a fazer parte do rotativo do cartão. Não tem mistério.
Alternativas para não recorrer ao pagamento mínimo
Antes de tudo, é preciso desenvolver educação financeira e entender que o cartão não é um vilão. O vilão é a forma que o cliente utiliza esse serviço.
O cartão de crédito pode auxiliar na gestão de gastos e não deve ser usado como uma concessão de dinheiro rápido.
- Organização: definir um valor máximo de utilização para o cartão de crédito evita que o gasto ultrapasse o que o consumidor pode pagar quando chegar a fatura;
- Controle de gastos: saber quanto será necessário para o pagamento do cartão antes de chegar na data prevista, ajuda no planejamento financeiro;
- Troque a dívida por juros mais baixos: se a organização e o controle de gastos não ocorreu e a conta está atrasada, pode ser viável recorrer a uma linha de empréstimo com juros menores.
Atenção: a última alternativa deve ser evitada ao máximo!
Fazer o pagamento mínimo pode ser bastante prejudicial a quem recorre a essa alternativa e vai de encontro com a educação financeira. Com organização e planejamento é possível pagar as contas integrais e evitar um dos juros mais altos do mercado.