Das diversas opções de ETFs de renda variável disponíveis na bolsa brasileira, um dos fundos responsáveis por replicar o Índice Brasil 50 é o PIBB11.
Primeiro fundo de investimento em Índice de mercado nacional, o PIBB11 é um dos ETFs com maior quantidade de negociações e apresenta alto nível de liquidez.
Como o PIBB11 funciona?
Antes de entender como funciona o PIBB11, vale entender o que são ETFs. Os Exchange-traded Funds são Fundos de Investimentos com gestão passiva que replicam algum índice, seja de ações ou de títulos, podendo ser de renda fixa ou variável.
No caso do PIBB11, ele se trata de uma opção que replica o Índice Brasil 50, conhecido também como IBrX50. O fundo foi o primeiro ETF do mercado brasileiro, lançado em 2004, fruto de uma Oferta Pública de parte da carteira de ações do BNDES.
Quem gere e administra o fundo é o Itaú Unibanco. Para se configurar como tal fundo, o ETF investe no mínimo 95% de seu patrimônio em ações do IBrX50, em qualquer proporção.
Além disso, ele também pode investir em posições compradas no mercado futuro do Índice. Já quanto aos outros 5% de sua carteira, o fundo poderá deter ações e outros ativos não incluídos no índice em questão.
O PIBB11 adota o método de otimização da composição da carteira. Sendo assim, visa reduzir custos de transação, facilitar o processo de integralização e resgate de cotas e minimizar a participação de ações de baixa liquidez.
Com essa configuração, então, o ETF busca ter desempenho igual ou maior ao desempenho do IBrx50.
Algumas características relevantes sobre o PIBB11 são, por exemplo:
- Nome: It Now PIBB IBrX50 Fundo de Índice;
- Índice de referência: IBrX50;
- Taxa de Administração: 0,059% ao ano;
- Classe do ativo: ações;
- Ano de criação: 2004;
- Gestor: Banco Itaú.
Índice Brasil (IBrX50)
O IBrX50 funciona como um indicador do desempenho médio dos 50 ativos mais negociados e mais representativos do mercado de ações brasileiro.
Composto por ações e units, o índice é resultado de uma carteira teórica de ativos. A composição é reformulada a cada quatro meses.
Sendo assim, para participar do IBrX50, o ativo deve estar entre os 50 mais negociados da B3 no período de vigência das 3 carteiras anteriores. Os ativos também devem ter presença em pregão de 95% no mesmo período.
Além disso, o IBrX50 deriva do Índice Brasil 100 (IBr-X), que é formado pelas 100 ações mais negociadas da bolsa.
Composição do PIBB11
As empresas que fazem parte do PIBB11 e, logo, do IBrX50, são de diferentes áreas, mas costumam ser grandes e dominarem seus segmentos de atuação. Algumas dessas empresas são, por exemplo:
- Vale (VALE3);
- Itaú Unibanco (ITUB4);
- Petrobras (PETR4);
- Magazine Luiza (MGLU3);
- Ambev (ABEV3);
- Rumo S.A (RAIL3);
- Sabesp (SBSP3);
- Gerdau (GGBR4);
- Azul (AZUL4);
- Sul América (SULA11);
- Eletrobras (ELET3);
- Cyrela (CYRE3);
- Cogna (COGN3) ;
- Multiplan (MULT3);
- Cielo (CIEL3);
- GOL (GOLL4).
Rentabilidade do PIBB11
Historicamente, o desempenho do PIBB11 é bem similar ao do Ibovespa, o principal índice da bolsa.
Desde o início do fundo, ele acumula uma rentabilidade de 648.345%, sendo maior que a do próprio índice, de 622.911%.
Vale ressaltar que o desempenho passado não é indicação do desempenho futuro e não deve ser o único fator em consideração ao selecionar um produto.
Como investir no PIBB11?
Para investir em PIBB11, é preciso ter conta em uma corretora de valores. Com isso feito, o investidor deve procurar o fundo que deseja, nesse caso, o PIBB11 e transferir o valor que quer investir para a instituição.
Por fim, ele deve fazer a emissão da ordem de compra da ação que vai adquirir no home broker da corretora.
Para investir no PIBB11, por exemplo, basta digitar o ticker do ETF e colocar a quantidade de cotas que deseja e o valor.
O fundo oferece duas opções: é possível investir em lotes que tenham a partir de 20 mil cotas, no mercado tradicional, e a partir de uma cota no mercado secundário.
Como declarar o ETF no Imposto de Renda?
Os ETFs estão sujeitos à mesma tributação das ações. Contudo, não há qualquer valor que permita a isenção de IR para operações de ETFs.
O Imposto de Renda sobre os ETFs de renda fixa é retido na fonte. Logo, não é preciso pagar DARF sobre o lucro da venda desses ETFs. Já o imposto sobre ETFs de renda variável funciona diferente. Para isso, então, vale descobrir como declarar esses ativos.
Vale a pena investir no PIBB11?
Existem pontos positivos e negativos em investir no PIBB11, assim como em fundos de índice no geral.
Pontos positivos do PIBBB11
Por exemplo, o PIBB11 é um dos ETFs com maior liquidez da bolsa de valores brasileira, sendo uma vantagem. Além disso, para quem deseja comprar as ações que fazem parte do índice, o ETF sai como uma melhor alternativa.
Isso significa dizer que caso se opte por comprar todas as ações da cesta de forma individual, haveria incidência da taxa de corretagem sobre cada operação. No ETF, a corretagem recai apenas sobre a compra de uma cota, que já inclui todas as ações.
Por fim, ainda há outra vantagem: o ETF reinveste automaticamente os dividendos distribuídos pelos papéis de sua carteira. Sendo assim, o ETF se torna mais acessível, já que, se fosse reinvestir, quem aplica teria de pagar mais taxas de corretagem.
Pontos negativos do PIBB11
Em contrapartida, há também o lado negativo do PIBB11 e desse formato de investimento. Uma das questões dos ETFs, por exemplo, é que o desempenho deles costuma acompanhar o ciclo econômico nacional. Logo, se a economia está em um cenário negativo, a tendência é que o PIB11 a acompanhe.
Além disso, existem os tributos comuns nesse tipo de aplicação. Apesar de ser uma taxa de administração muito baixa, ainda há tributos como, por exemplo Imposto de Renda e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que reduzem parte dos rendimentos do fundo.
Por último, por se tratar de um conjunto de ações, uma ou mais empresas que compõem o PIB11 tiverem desempenho fraco, elas podem puxar para baixo a rentabilidade de todo o fundo.
Qual índice do PIBB11?
Esse ETF se baseia no desempenho do Índice Brasil 50, conhecido também como IBrX50.
Quem gere o PIBB11?
O gestor desse ETF é o Itaú Unibanco.
Quais empresas participam do PIBB11?
Algumas empresas que fazem parte desse ETF são, por exemplo, Sul América (SULA11), Eletrobras (ELET3) e a Cyrela (CYRE3).