O mundo dos negócios pode ser um pouco complexo, principalmente, no quesito da gestão e contabilidade de empresas, além dos processos burocráticos: declaração do imposto de renda. Dentro dessa perspectiva, existem os princípios contábeis.
Os princípios contábeis funcionam por meio de postulações sobre o viés do que seria considerada uma boa gestão empresarial e contábil, diante profissionais, é encarado como um manual a seguir.
Então, os princípios contábeis são paradigmas que o contador ou gestor de uma empresa deve seguir devido as normas de conduta social e implicações legislativas.
Ou seja, os princípios da contabilidade são elementos que conduzem a prática profissional de gestores, contadores e empreendedores, relativo as suas preocupações com padrões a seguir de credibilidade, dinâmica e posicionamentos. Otimizando a relação com a educação financeira.
Quais são os princípios da contabilidade?
Os postulados e princípios contábeis no Brasil, surgem por meio de resoluções do Conselho Federal de Contabilidade a partir de reflexões sobre a contabilidade de custos e características patrimoniais que perpassam uma empresa.
Portanto, entre os exemplos de princípios contábeis:
- Princípio da entidade;
- Princípio da continuidade;
- Princípio da competência;
- Princípio do registro pelo valor original;
- Princípio da oportunidade;
- Princípio da prudência.
Princípio da entidade
É o princípio que considera que o patrimônio da empresa deverá ser dissociado da contabilidade e do patrimônio da entidade que o organiza, principalmente, a separação entre os patrimônios pessoais do empreendedor e da empresa.
É muito comum em negócios geridos por membros de família, por pequenas empresas e para alguns microempreendedores individuais. Além disso, existem implicações judiciais, por exemplo, em caso de falência e a grande geração de dívidas.
Princípio da continuidade
É uma ideia básica para qualquer negócio, consiste na sua existência. Essa ideia parte do princípio que qualquer empresa deverá continuar existindo sem um tempo determinado, é justamente isso que o princípio da continuidade aborda.
Esse aspecto é levado em consideração especialmente quando investidores estão em busca de prospecções futuras sobre a empresa, já que gera uma insegurança jurídica e traz consequências tributárias (em caso de fechamento de uma empresa).
Princípio da competência
É determinado por meio do registro das transações realizadas, é necessário registrar todas as entradas e saídas, mesmo que recebidos ou não.
Esse preceito é instaurado por um tipo de regime de competência em que a receita se concretiza pelo compromisso, ou seja, através de aplicações, investimentos, cobranças em vendas a prazo, doações, entre outros.
Em contrapartida, as despesas são assumidas como obrigações e até mesmo contingenciamentos, por exemplo, o custo relativo ao desgaste de maquinários, baixas no estoque de mercadorias e ações para suprir essas necessidades.
Princípio do registro pelo valor original
É um princípio que se baseia no registro de bens e itens patrimoniais de acordo com seus valores originais. Por exemplo, no momento da fabricação ou aquisição de um determinado bem é realizada uma avaliação correspondente a moeda vigente do país.
Além disso, é considerado também os custos para que aquele bem passe a efetivamente gerar benefícios para a empresa.
Princípio da oportunidade
Parte da premissa que é necessário registrar as variações que o patrimônio de uma empresa sofre, nesse caso, são levados em conta os aspectos físicos e monetários.
Princípio da prudência
É uma reflexão sobre os patrimônios líquidos, passivos e ativos de uma empresa. Nesse aspecto, existe um balanceamento que parte da premissa de não antecipação de lucros e previsão de possíveis prejuízos que possam vir a acometer a empresa.
Por fim, os princípios contábeis são premissas que norteiam a atividade contábil, com particularidades que promovem a boa condução de empresas.