PDD: o que é a Provisão para Devedores Duvidosos?

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O processo de vendas de um negócio pode enfrentar algumas complicações com clientes devedores. Por isso, existe a Provisão para Devedores Duvidosos.

A Provisão para Devedores Duvidosos serve para que o caixa da empresa não seja prejudicado no caso de inadimplência.

Mas afinal, o que é a Provisão para Devedores Duvidosos?

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Também chamada de PDD, a Provisão para Devedores Duvidosos é uma reserva de recursos financeiros que serve para cobrir prejuízos com clientes devedores.

Ela é feita antes do início do exercício contábil da empresa, protegendo-a contra perdas financeiras por conta de dívidas não recebidas.

Para a contabilidade, ela é como um tipo de gasto lançado antes mesmo de existir, sendo registrado como uma despesa futura.

A grosso modo, ela é como a reserva financeira de uma empresa. Protegendo-a contra emergências relacionadas ao pagamento dos clientes.

O que é PECLD?

O termo Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa surgiram quando o Brasil adotou as Normas Internacionais de Contabilidade.

A partir desse momento, o PDD sofreu algumas alterações, passando a se tornar uma PECLD.

A principal delas foi que o PDD era uma obrigação das empresas, se tornando um passivo. No entanto, agora são as contas dos clientes que são ajustadas. Tornando-as, assim, um ativo.

Além disso, o Manual de Contabilidade Societária questiona o uso do termo provisão, alterando-o para o termo “perdas estimadas”. Assim, visando corresponder o conceito de redução ao valor recuperável.

Ou seja, a Provisão para Devedor Duvidoso é utilizada para perdas esperadas e a PECLD, para as perdas efetivas.

Como calcular a Provisão para Devedores Duvidosos (PDD)?

O uso da ferramenta de provisão deve ser bastante criterioso e planejado. Por isso, é importante contar com o auxílio do contador da empresa.

Para calcular a PDD, deve-se antes fazer estimativas de pagamentos a partir do contato direto com os clientes.

Além disso, utilizar o histórico de vendas do crediário e diversos dados sobre a inadimplência do seu negócio ao longo do tempo ajuda.

Por exemplo:

Uma empresa com estimativa de venda de R$100 mil, deseja fazer uma análise de inadimplência junto à sua equipe comercial e contábil.

Ao analisar o fluxo de caixa da empresa, comparando as receitas e inadimplências anteriores, foi percebida uma média de 5%.

Assim, tendo uma perda esperada é de R$5 mil.

No entanto, por ser uma simples provisão de inadimplência, esse valor é reajustado ao final do exercício contábil.

Como calcular a PECLD?

Já quando falamos do PECLD, estamos considerando as perdas efetivas do negócio. Por conta disso, é preciso tomar situações reais como base para esse critério.

Caso a empresa possui evidência de perdas, é preciso medir a quantia pela diferença entre a quantidade contabilizada e o valor do fluxo de caixa estimado.

Por isso, são excluídas perdas que ainda não ocorrem no negócio, já que o evento precisa ter efetivamente ocorrido nesse tipo de registro.

Para calcular o PECLD, deve-se ter por base uma média percentual dos recebimentos ao longo dos três últimos exercícios contábeis.

A partir desse valor, será inferido o percentual de inadimplência a ser aplicado sobre o saldo final de contas a receber.

Um ponto interessante no PECLD é que, ao contrário do PDD, essas despesas podem ser dedutíveis do lucro base para IRPJ e CSLL.

Como se prevenir contra problemas no fluxo de caixa?

Mesmo com o cálculo do PDD e PECLD, é preciso tomar algumas atitudes para que o fluxo de caixa da empresa seja preservado.

De início, vale a pena observar os prazos médios de pagamento e recebimento.

O prazo médio de pagamento corresponde ao tempo entre a data da compra e o pagamento efetivo ao fornecedor. Quando as empresas compram mercadorias em duas vezes, por exemplo, esse prazo é de 50% à vista e 50% em 30 dias.

Já o prazo médio de recebimento é o tempo médio entre a venda e o recebimento do pagamento pelos clientes.

E é justamente esse período que influencia bastante no balanço patrimonial da empresa, aumentando a necessidade de um bom capital de giro.

Entre algumas atitudes para evitar um baixo capital de giro, estão:

  • Reduzir os prazos de recebimentos e pagamentos;
  • Reduzir o prazo de financiamentos oferecido aos clientes;
  • Aumentar o prazo de pagamento a fornecedores;
  • Reduzir o número de estoque.

Isso porque, caso esses valores estejam desequilibrados, será preciso utilizar o uso de recursos de terceiros. Assim, causando um prejuízo com o pagamento de juros.

Sendo assim, não deixe de utilizar a Provisão para Devedores Duvidosos e o PECLD para auxiliarem nestas ações. Acompanhe a nossa carta do fundador, com conteúdos diários e gratuitos!

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Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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