Entender por completo de um negócio e querer que seus processos sejam realizados corretamente, é isso que se considera como sentimento de dono. Deve ser uma preocupação de todos participantes, desde o dono da empresa ao funcionário.
O sentimento de dono funciona por meio do contato e sensação em que a pessoa detentora de uma empresa tem com seu próprio negócio. Advém da filosofia de que o dono se preocupa com o empreendedorismo para além das suas “obrigações”.
O que é o sentimento de dono?
O sentimento de dono é um estilo de mindset (mentalidade) com a proposição de pensar, agir e aperfeiçoar o negócio como se o indivíduo fosse o ownership (detentor) da empresa e, portanto, age sobre essas premissas, com motivação.
Quais atitudes classificam o sentimento de dono?
O senso de dono advém de uma prática generalizada, não somente da figura que detém o controle principal sobre a empresa, mas também, dos funcionários que a compõe, é algo que parte da motivação, vontade e sinergia.
Além disso, a construção de uma equipe (team building) pode ser uma forma de alavancar mais rapidamente o sentimento de dono, vai desde o processo seletivo, uma boa gestão de recursos humanos e desenvolver formas de engajar a equipe.
Dentro dessa perspectiva, a característica pode surgir de forma natural, mas também é possível desenvolver e estimular sentimento de dono a partir de práticas integralizadoras ou aquelas voltadas ao intraempreendedorismo (empreendedorismo interno), entre essas práticas:
- Buscar ter uma compreensão macro dos processos: auxilia a ter uma visão de implicações externas e internas;
- Entender como a empresa se posiciona no mercado: é uma forma de exercitar o briefing reverso, ou seja, o raciocínio que levou a empresa a se conduzir para esse patamar atual e os possíveis cenários futuros;
- Engajar a equipe: parte do pressuposto que todo ambiente de trabalho que deseja gerar esse sentimento de dono e engajamento dos funcionários, é pautado em práticas que “dá a voz” a todos os membros;
- Responsabilidade: é atrelada a maturidade e em não repassar tarefa (o que gera sobrecarga) ou até mesmo culpar os demais;
- Convicção, autonomia e decisão: saber priorizar e executar as tarefas necessárias. Mas além disso, primordialmente, saber quando buscar auxílio;
- Disciplina: pode parecer algo óbvio, mas a disciplina não é um caráter intrínseco, pode ser aprendida e reverbera na forma como o profissional irá lidar com os planos, seja com flexibilidade ou adaptação;
- Comunicação: é uma peça chave do espírito de dono, saber falar e fundamentalmente, saber ouvir;
- Integrar: toda equipe excelente, apresenta um histórico de desenvolvimento interno (integração) e um grau de comunicabilidade, é o que faz os processos serem integrados dentro de uma empresa;
- Disponibilidade: estar presente é uma maneira forte de desenvolver a empatia com a equipe e o negócio;
- Humildade: apresentar ideias de maneira não impositiva, admitir falhas e principalmente, compartilhar vitórias, já que o sucesso só é real quando compartilhado.
Por fim, o sentimento de dono é uma forma de alinhamento com o cerne do negócio, é adaptar-se para o melhor desenvolvimento da empresa ou projeto em que o se está envolvido.
Todos podem exercer o sentimento de dono e ele se desenvolve em congruência com a cultura da empresa, por vezes, surge naturalmente, mas pode ser desenvolvido de forma procedural.