Superendividamento: saiba como solucioná-lo

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O superendividamento atinge quase 15% da população brasileira. Essa realidade é resultado da falta de educação financeira, juntamente à facilidade de crédito no país.

Esse acúmulo de dívidas acaba causando o superendividamento. Além disso, muitos bancos não contribuem para a diminuição dessa realidade com seus juros extremamente altos.

O que é o superendividamento?

O superendividamento acontece quando há a impossibilidade de pagamento de uma dívida com a renda atual do devedor. Ainda assim, a cada mês, esse débito continua crescendo por conta das altíssimas taxas de juros cobradas.

Como começa o superendividamento?

Ao contrair uma dívida, o devedor acaba superestimando suas condições de quitá-la. Assim, quando não ocorre o pagamento, os juros compostos são responsáveis por aumentar gradativamente o valor do débito.

Quando ele alcança um valor absurdo, se torna impossível sair dessa situação.  Sendo assim, muitas pessoas entram em um descontrole financeiro em meio a empréstimos, financiamentos e faturas do cartão de crédito.

Muitas vezes, devido a enorme oferta de crédito caro e facilitado no Brasil. Essa realidade associada ao consumismo exacerbado e ausência de um orçamento cria uma bola de neve financeira.

Tipos de superendividamento

O superendividamento pode ter origem em dois tipos de comportamento diferentes:

1. Superendividamento passivo

É aquele em que o motivo do endividamento está fora do controle da pessoa. Ou seja, quando ocorre uma grande redução na renda que impossibilita o cumprimento de um débito. Casos como divórcios, morte na família e acidentes físicos são exemplos de acontecimentos inesperados que acabam desorganizando as finanças.

2. Superendividamento ativo

É resultado de um grande acúmulo de dívidas. Por exemplo, uma pessoa cria uma dívida e, para pagá-la, acaba fazendo um empréstimo no banco. Entretanto, esse empréstimo possui altos juros que acabam ultrapassando a renda mensal dessa pessoa. Ou seja, é resultado de uma má administração financeira.

Como identificar o superendividamento?

Geralmente, alguém está superendividado se encontra nas seguintes situações:

  • Tem o nome sujo no cadastro restritivo de crédito (SPC e SERASA);
  • Faz empréstimos para pagar outros empréstimos;
  • Tem uma renda bem menor que o valor devido;
  • Recentemente sofreu uma eventualidade financeira (acidente, morte na família etc);
  • Compra sem planejamento;
  • Não possui um orçamento mensal pessoal e doméstico;

Se você se identifica na maioria dessas situações, provavelmente está em situação de superendividamento. Essa realidade é extremamente prejudicial para além da área financeira.

Pessoas superendividadas acabam sofrendo de insônia, ansiedade e compulsões. Além disso, as necessidades básicas como a alimentação e a moradia podem ser comprometidas.

Para contornar essa situação, existem órgãos como a Defensoria Pública e o Procon que estão preparados para ajudar. Primeiro, informam o que ocasionou o superendividamento do consumidor e o aumento do valor, e buscam condições de quitação adequadas à renda do endividado.

Além disso, em casos de juros abusivos, o contrato pode até ser anulado ou ter cláusulas revisadas.

Entretanto, é preciso lembrar que a mudança de comportamento é essencial para a solução definitiva. Não adianta conseguir boas condições de pagamento e logo em seguida criar novos débitos.

Como evitar o superendividamento?

A maior prevenção contra qualquer tipo de dívida é a educação financeira. Com ela, é possível estar bem informado sobre os direitos do consumidor e formatos de pagamento.

Além disso, é crucial para a organização financeira um orçamento, seja ele pessoal ou doméstico.

Nele, são anotadas:

  1. Despesas mensais (aluguel/contas em geral);
  2. Gastos mensais variáveis (comida na rua/presentes);
  3. Renda total recebida.

Com essas informações, fica mais fácil encontrar e eliminar hábitos destrutivos.

Além disso, no caso de superendividamento passivo, quando não escolhemos a grande despesa, é preciso se prevenir.

Criar uma reserva de emergência te deixa preparado para eventualidades. O valor dela varia de acordo com sua renda. Ela geralmente corresponde a seis vezes o seu custo de vida. Diferente da renda, o custo de vida são os gastos básicos para alguém se manter.

Portanto, se você está em situação de superendividamento ou busca se prevenir dela, faça um planejamento financeiro. A partir dele é possível entender suas condições e limites no orçamento.

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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