Taxa de Performance: qual a vantagem para o investidor?

taxa de performance 2

Quem investe em fundos, está acostumado com a presença de taxas para a administração e gestão deles. No entanto, é preciso dar destaque para a Taxa de Performance.

A Taxa de Performance pode ser vista por muitos como algo negativo. No entanto, ela também pode significar uma grande oportunidade, já que se trata de um maior lucro para os cotistas.

Sendo assim, quando a  rentabilidade supera ao benchmark do fundo, se cobra a Taxa de Performance como um prêmio ao gestor do fundo.

O que é Taxa de Performance?

A taxa de performance é um percentual cobrado por um fundo de investimento pelo resultado superado da meta financeira definida junto ao investidor.

A Taxa de Performance é também uma taxa de sucesso ou sucess fee, sendo um ótimo estímulo para que o gestor realize o melhor trabalho possível com o montante aplicado pelo seu cliente.

Ao contrário da taxa de administração, é uma taxa opcional e condicional. Portanto, cada fundo pode decidir por cobrá-la ou não.

Como a Taxa de Performance é cobrada?

A Taxa de Performance é cobrada sobre a rentabilidade excedente de um índice de desempenho previamente determinado – considerado uma referência, que é o benchmark ou benchmarking – entre o cliente e o fundo de investimentos.

Para isso, se analisa indicadores do mercado, como:

  • Ibovespa – para fundos de ações;
  • Dólar – para fundos cambiais;
  • CDI – para fundos variados.

No entanto, para cobrar, é preciso que o gestor da aplicação consiga ultrapassar o índice que se acordou em 100%. Isso acontece de forma semestral e automática.

Sendo assim, caso o índice previsto tenha sido superado nesse período, o valor da taxa incide diretamente sob o valor da cota do fundo. No geral, a alíquota da Taxa de Performance costuma ser de 20% no Brasil.

Quais fundos de investimento podem cobrar a Taxa de Performance?

taxa de performance

Para o investidor que deseja participar de um fundo que ofereça a gestão de seu patrimônio, é preciso escolher aqueles com a gestão ativa. Somente esses são os que podem cobrar a Taxa de Performance.

Dentre os que possuem essa característica, existem fundos:

Por último, ainda, se reforça que os fundos de renda fixa não possuem permissão para a cobrança pela performance, já que se tratam de passivos.

Quais os riscos da Taxa de Performance?

A Taxa de Performance funciona como um estímulo para o gestor buscar o melhor desempenho possível para seu cliente. No entanto, isso pode ser negativo quando há um gestor mal intencionado ou até um benchmark inadequado.

Ao selecionar um fundo, é preciso se atentar com a referência que se escolhe para definir o índice a ser superado. Isso porque, quando o mercado está em baixa, fica difícil ter um desempenho melhor do que o esperado.

Já quando está em alta, a boa performance é fácil, exigindo o pagamento da taxa. Ou seja, o índice alto ou baixo nessas situações pode prejudicar o resultado e tornar a taxa excessiva. Por isso, é preciso que o benchmarking acompanhe o mercado acionário.

Sabendo disso, você evitará prejuízos com um gestor mal intencionado que eleve os ganhos com a taxa de performance em busca de maior lucro.

Outras taxas que influenciam na hora de investir

Como já visto, o valor das taxas varia de acordo com a operação e produto. No entanto, além disso, outros encargos podem incidir ao lidar com corretoras (e outras instituições financeiras). Conheça:

Taxa de administração

A taxa de administração é o valor pago à empresa responsável por intermediar operações e aplicações financeiras. Essa taxa serve para cobrir os custos de administração e gestão do capital do cliente.

Por isso, é muito comum a cobrança dessa taxa para as instituições bancárias, pelo fato de ter que manter uma agência física, funcionários e afins.

Taxa de corretagem

A taxa de corretagem é um valor cobrado como um tipo de comissão. Ou seja, são valores que estão atrelados as negociações de compra e venda.

Sendo assim, é uma taxa sobre operações que envolvem, no geral, investimentos em renda variável. Contudo, a corretagem também pode ser cobrada em negociações de títulos, fundos, contratos futuros e outros ativos.

Taxa de custódia

A taxa de custódia é o valor mensal que se cobra para armazenar os títulos ou ações, de um cliente. Esta taxa pode ser fixa ou percentual (e em alguns casos, híbrida) sobre o valor das ações ou títulos guardados.

Tabela Bovespa

A tabela Bovespa é uma taxa cobrada para quem investe através da mesa de operações. Portanto, é uma espécie de serviço em que o investidor contata algum operador (assessor ou atendente) da corretora em questão e pede para que ele execute suas ordens de compra ou venda.

Por envolver um serviço a parte, existe essa cobrança (a Bovespa indica 0,5% do montante investido), mas pode variar de instituição para instituição.

Taxa de carregamento

A taxa de carregamento é um percentual cobrado em todo valor investido na previdência privada. Porém, há algumas variações de acordo com a modalidade, seja mensal, no momento do investimento ou no saque.

ISS (Imposto sobre Serviços)

A corretagem em si é um tipo de serviço. Por isso, ela está sujeita ao ISS (a depender da regionalidade e da corretora). Em São Paulo, por exemplo, o ISS (Imposto Sobre Serviços) é uma tarifa municipal cobrada sobre o valor taxa de corretagem, variando até 5% da mesma.

Contudo, se a taxa for zero, o valor pago para imposto também será zerado.

Emolumentos

As taxas chamadas de emolumentos que as corretoras cobram incidem sobre cada operação que o investidor fizer no mercado à vista.

O mercado à vista se trata de negócios em que o comprador só recebe as ações compradas em D+3, ou seja, apenas no terceiro dia útil após a transação.

Os emolumentos variam de acordo com o montante que se negocia em cada transação e seu valor muda de instituição para instituição. Assim como as taxas de corretagem, os emolumentos podem ser fixos ou variáveis.

Imposto de Renda

Ao realizar um investimento sempre será preciso declarar o Imposto de Renda. A única situação que não é necessária é quando se trata de renda fixa e/ou fundos de investimento, pois esse importe é automaticamente recolhido.

Já para quem investe em ações ou ativos em renda variável, será necessário fazer o recolhimento manual através da guia de arrecadação, conhecida como DARF.

Vale a pena escolher um investimento pelas taxas cobradas?

Cobranças externas não devem ser o motivo exclusivo para a escolha de um investimento. Na verdade, o ponto mais importante para analisar é a rentabilidade líquida.

Além dela, existem também o perfil de risco da aplicação e prazo do investimento, bastante importantes na hora analisar um produto financeiro. Esse é um erro bastante comum a investidores iniciantes, que evitam investimentos com Imposto de Renda.

Seja com a cobrança de qualquer taxa, o resultado do investimento pode ser positivo o suficiente para compensar essa cobrança. Afinal, vai depender de outros fatores juntamente.

Qual a importância da Taxa de Performance?

Ao escolher um fundo com gestão ativa, que cobre a Taxa de Performance acima da rentabilidade excedente, o investidor ganha diversas oportunidades.

Com a adoção de um fundo responsável, ele estará recompensando o gestor pelo seu excelente trabalho com suas aplicações.

Isso fará que, cada vez mais, ele encontre as melhores opções disponíveis de acordo com seu conhecimento do mercado e análise de índices.

É preciso lembrar que, mesmo com as vantagens do pagamento da Taxa de Performance, a melhor opção para sua segurança e rentabilidade é o conhecimento. Por isso, estudar sobre os investimentos disponíveis é essencial.

Quais os riscos da Taxa de Performance?

Apesar de ser um bom estímulo, ela pode ser ruim quando há um gestor mal intencionado ou até um benchmark inadequado.

Porque a Taxa de Performance é importante?

Ao escolher um fundo com gestão ativa, que cobre a Taxa de Performance acima da rentabilidade excedente, o investidor ganha diversas oportunidades.

O que é Taxa de Performance?

A taxa de performance é um percentual cobrado por um fundo de investimento pelo resultado superado da meta financeira definida junto ao investidor.

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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