Taxa Livre de Risco: o que você precisa saber antes de investir

Notebook ligado em cima de uma mesa. Gráficos coloridos aparecem junto a uma mão segurando um tablet

Quando um investidor analisa em quais aplicações vale a pena investir dinheiro para obter lucro no futuro, ele deve levar em consideração a Taxa Livre de Risco.

Todo investimento, por mínimo que seja, possui um grau de instabilidade. Sendo assim, é possível usar a Taxa Livre de Risco para que o investidor decida se vale a pena realizar aplicações de alto ou baixo risco para conseguir o lucro almejado.

A Taxa Livre de Risco é um indicador base para comparar investimentos. Na prática, então, ela representa a menor rentabilidade para se ter alguma rentabilidade com o mínimo risco possível.

Entendendo a Taxa Livre de Risco

A Taxa Livre de Risco é, em suma, um indicador mínimo de rentabilidade. É através dela, portanto, que um investidor pode calcular o capital e juros que receberá em uma aplicação livre de riscos.

Esse índice costuma corresponder a uma taxa de juros de um país. No Brasil, a Taxa Selic é o indicador econômico de juros do mercado, que serve de como base de cálculo para investimentos. A poupança e os títulos públicos ligados ao Tesouro Direto são exemplos disso.

No geral, aplicações de renda fixa são as mais associadas a investimentos de baixo risco. Isso porque, nela, o investidor tem a certeza de que seu dinheiro retornará e renderá um valor X de juros, previsto no contrato.

Dessa forma, se determina os custos de oportunidades do projeto e o que o investidor ganha ou deixa de ganhar caso opte por outras modalidades.

Já quem decide investir em fundos de ações, empresas e títulos privados, por outro lado, não têm garantias de que vai obter um retorno financeiro.

Como se usa essa taxa para comparar investimentos e medir a relação entre retorno e risco de um empreendimento, a taxa livre de retorno é bastante usada dentro do Modelo de Precificação de AtivosEsse modelo, por sua vez, consiste em determinar a taxa de retorno teórica apropriada de um ativo.

Ativo Livre de Risco

taxa livre de risco 2

O conceito de Ativo Livre de Risco está muito ligado ao conceito de Taxa Livre de risco. É sobre ele que a segunda recai, a qual corresponde ao mínimo de rentabilidade que o investidor pode aceitar para investir em um tipo de ativo.

Na prática, não existe um ativo cujo risco seja realmente zero. Portanto, até mesmo ativos tidos como muito seguros apresentam algum risco.  Esse é o caso do Tesouro Direto, por exemplo.

De forma geral, se entende que não é possível perder dinheiro investindo nesses títulos públicos pois seria preciso que o Brasil “quebrasse” totalmente para que o governo não tivesse condições de pagar aos investidores.

No entanto, embora isso seja difícil de acontecer, não é impossível. Ainda que a probabilidade seja muito baixa, existe o risco de uma grande crise sistêmica atingir o País e gerar essa quebra.

Levando em conta que não existe, de fato, um Ativo Livre de Risco, alguns deles são considerados ainda assim dentro desse conceito. O consenso para isso, então, são os títulos de dívida que o Governo Federal emite.

Para além do Brasil, um melhor exemplo de Ativo Livre de Risco seriam os títulos públicos que o Governo dos Estados Unidos emite.

Isso é uma realidade porque, diferentemente de outros governos, os EUA não apenas emitem a moeda que circula na economia deles, mas uma a moeda internacional, o dólar.

Como calcular a Taxa Livre de Risco?

O cálculo da Taxa Livre de Risco pode ser complexo. Afinal, quando se fala de investimentos, é preciso compreender que não existem ativos 100% livres de riscos.

Apesar da Taxa Livre de Risco ser vista como um ativo livre de risco nominal, o valor de rentabilidade de um título público não pode ser calculado por causa da oscilação da inflação no País.

Então, por essa razão, a volatilidade dos juros faz com que o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) seja visto como uma Taxa Livre de Risco em países como o Brasil.

No entanto, aplicações de renda variável podem se tornar mais atrativas que os investimentos de baixo risco e com renda fixa. Para que, por exemplo, a rentabilidade da poupança seja atrativa, será necessário que ela pague um bom prêmio de risco.

Qual a diferença entre Taxa Livre de Risco e Prêmio de Risco?

Todos os tipos de investimento podem apresentar riscos. No entanto, investimentos considerados “seguros” podem não ser tão bons quanto investimentos em ativos de rentabilidade variável.

Por essa razão, vale diferenciar o Prêmio de Risco da Taxa Livre de Risco. Em primeiro lugar, o Prêmio de Risco é um termo que se usa para diferenciar os rendimentos de um investimento qualquer e os rendimentos de investimentos considerados sem risco.

Portanto, o Prêmio de Risco precisa oferecer uma rentabilidade mais atrativa. Seu lucro precisa ser consideravelmente maior que investimentos em renda fixa, pois seus riscos são maiores.

Sendo assim, para um investidor decidir aplicar seu dinheiro em investimentos que não possuem margens de segurança, ele precisa se convencer pelos lucros mais atrativos. Portanto, quanto maior for o risco de investir em determinado ativo, maior deve ser o prêmio de risco.

Já a Taxa Livre de Risco, por fim, gira em torno de menores riscos ou perdas de dinheiro. Entretanto, seus lucros não são tão atrativos quanto investimentos de renda variável como ações.

Fatores que interferem na taxa

Existem dois fatores importantes para decidir quais aplicações podem ser mais atrativas e com maiores garantias de retorno financeiro: o fator geográfico e o fator temporal.

  • Fator geográfico: ele leva em conta a localização de um investimento para indicar sua rentabilidade. Por exemplo, os EUA possuem em sua economia um risco de crédito menor que a economia brasileira. Por essa razão, então, essa taxa do país será menor que a taxa do Brasil.
  • Fator temporal: quanto maior o período de duração de uma aplicação, mais incertezas ela pode indicar de que seus investimentos darão retorno. Isso porque este pode ser um risco não diversificado. Sendo assim, seu controle independe do investidor.

Portanto, fazer uma análise da Taxa Livre de Risco faz com que o investidor reflita sobre o tipo de investimento e o valor do lucro futuro que deseja obter. Por isso, a modalidade de aplicação depende, sobretudo, do perfil do investidor.

Para que serve a Taxa Livre de Risco?

A Taxa Livre de Risco é um indicador mínimo de rentabilidade. É através dela, portanto, que um investidor pode calcular o capital e juros que receberá em uma aplicação livre de riscos.

Qual diferença entre Taxa Livre de Risco e Prêmio de Risco?

Se usa o termo Prêmio de Risco para diferenciar os rendimentos de um investimento qualquer e os de investimentos considerados sem risco. Os ativos tidos como sem riscos - ou seja, um risco muito baixo - gira em torno da Taxa Livre de Risco. Ele corresponde ao mínimo de rentabilidade que o investidor pode aceitar para investir em um tipo de ativo.

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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