Top Down: o que é e como funciona?

top down

No mundo do empreendedorismo, muitas vezes, é preciso usar de estratégias que melhoram ou aperfeiçoam o processo de um negócio. Uma delas é o top down.

A metodologia top down, por exemplo, permite o entendimento mais completo de um planejamento a partir da direção da empresa. Essa técnica pode oferecer bons resultados para certos negócios.

Bastante utilizado por empresas inovadoras, o top down exige que toda a equipe siga um plano de ação bem definido.

O que é Top Down?

O top down é um processo utilizado para o desenvolvimento de projetos ou produtos. Ele consiste na definição de direcionamentos claros à uma equipe pelo seu gestor.

As principais áreas que utilizam a metodologia top down estão ligadas aos processos de gestão e organização da empresa. Isso acontece porque se trata de um sistema que atende aos principais objetivos dos setores de gerenciamento.

No entanto, existem muitas críticas à essa forma de gestão,  pois ela:

  • Desconsidera a participação de toda a equipe;
  • Contraria os conceitos de liderança;
  • Prejudica a integração de diferentes setores.

Ainda esse método é voltado para empresas que desejam criar novos segmentos ou produtos inovadores.

Assim, é necessário que toda a equipe siga o idealizador. O que ajuda na eficácia da construção e desenvolvimento de uma nova ideia.

Como funciona o método dentro de uma empresa?

top-down

A aplicação do método top down considera o funcionamento dos processos de cada empresa. Por isso, ela não é recomendada em negócios com uma cultura organizacional mais interativa.

Como um grande case de sucesso de utilização do top down, por exemplo, está o Steve Jobs com a empresa Apple.

Por ser responsável pela formação de produtos completamente revolucionários, somente ele conseguiria guiar a atividade de sua equipe.

Com isso, os resultados desejados se alcançam de forma idealizada, e não a partir de conceitos já existentes.

Essa estratégia, mesmo hierárquica, consegue aumentar a produtividade de novos processos implementados em uma empresa. Ela também pode, depois, ser substituída por outras mais horizontais, como a bottom up.

Ou seja, o top down não consiste em diminuir outros setores. Mas sim em trazer uma orientação guiada, resultado em mais produtividade e na realização de objetivos.

Além disso,  essa estratégia de top down leva em consideração alguns pontos de análise, entre eles:

  • Expansão: momento de maior tração da atividade. A produtividade aumenta, produção e vendas se elevam e temos aumento da demanda dos consumidores e, consequentemente, do PIB;
  • Pico: é exatamente o ponto de maior atividade que a economia pode atingir;
  • Contração: após atingir o pico, é natural que a atividade passe a arrefecer. A economia se caracteriza por expansões cíclicas. Nessa fase, os consumidores reduzem sua demanda e a produção cai;
  • Ponto de virada: a economia é cíclica. Por isso, após a fase de depressão, ocorre a virada de ciclo e começa-se a fase de expansão de novo.

Qual a diferença entre Top Down e Bottom Up?

Como já dito, a abordagem top down (de cima para baixo) consiste em um método clássico de gestão. Nele, as ordens dadas pela gestão são difundidas para todos os outros setores da empresa.

Já no bottom up (de baixo para cima), a inovação e desenvolvimento é estimulada através da participação da equipe.

Muito usado no brainstorming, esse compartilhamento de ideias traz diversos ganhos para o clima organizacional.

Alguns benefícios do bottom up são:

  • Maior engajamento dos funcionários devido ao seu caráter democrático;
  • Menos conflitos e falhas;
  • Análises mais completas e realistas;
  • Rápida detecção de problemas;
  • Maior flexibilidade na gestão;
  • Reconhecimento de talentos.

As metodologias top down e bottom up também se empregam no desenvolvimento do produto em si.

No caso da primeira, isso pode ser feito priorizando a criação de um produto que atenda a parte mais significativa de um mercado. Assim, em seguida, irá se desdobrá-lo em nichos próprios.

Os modelos bottom-up e top-down também podem ser utilizados no contexto de tomadas de decisões.

Uma tomada de decisão bottom-up é aquela em que a empresa reúne um grupo de pessoas para chegar a um direcionamento.

Já no modelo top-down, um gerente fica encarregado da escolha e esse direcionamento se reflete nas camadas hierárquicas seguintes.

Por fim, não existe um método melhor que outro. O que existe, na verdade, são situações adequadas para cada uma delas.

Assim como, em alguns casos, o top down não é bem aceito, em outros, o bottom up pode prejudicar a realização de determinado projeto.

Por isso, vale a pena analisar, de acordo com a situação e cultura da empresa, qual o método ideal para o seu funcionamento.

Porte da empresa

Pequenas empresas costumam ter mais facilidade para aplicar o modelo bottom-up, já que existem menos fatores para serem analisados.

Portanto, a tendência é que o dia a dia das grandes empresas se baseie em decisões top-down.

Grandes negócios também necessitam de análises bottom-up de tempos em tempos.

Da mesma forma, pequenas empresas precisam utilizar o modelo top down em certas decisões se quiserem crescer mais rápido.

Como aplicar o top down dentro de uma empresa?

O top down se aplica de diferentes formas de acordo com cada área da empresa.

Na gestão, ele ocorre principalmente nos momentos de formação e organização do negócio. Isso porque, antes de bem estruturado, o negócio precisa se desenvolver a partir da visão de seu fundador.

Quando já formado, chega o momento de desenvolvimento de produtos ou estratégias de atuação no mercado. Para isso, é preciso definir:

  • Esquema de produção e distribuição;
  • Tipo e meio de interação com os consumidores;
  • Estratégias de marketing.

Assim, o resto da equipe entenderá qual a personalidade que a empresa quer passar e guiará suas atitudes a partir desses conceitos.

Quais os benefícios do top down para as empresas?

Apesar de polêmico, o top down pode ser bom para várias empresas. A principal vantagem de uma gestão dessa forma é a uniformidade que ela favorece aos processos em geral.

No desenvolvimento de estratégias, ele oferece uma orientação direta para a equipe, ajudando na realização de suas atividades.

Além disso, ao contrário de outras formas de gestão, ele garante que o resultado das ações da equipe sejam iguais ao esperado.

Afinal, uma grande referência comum entre todos os diferentes setores e profissionais favorece a união nas atividades feitas, o que ajuda a dar solidez ao negócio.

Em geral, uma gestão de cima para baixo costuma facilitar a realização de contratos, fechamento de parcerias ou a resolução de problemas.

Ao mesmo tempo, é um modelo que está mais sujeito a erros e conflitos, o que exige um cuidado constante por parte dos gestores.

Por isso, é  preciso avaliar se vale a pena usar o top down em sua empresa. Para isso, lembre-se sempre de considerar a importância do bem-estar de sua equipe em todos os processos.

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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