O que é trabalho informal? Saiba mais sobre esse tipo de atividade!

trabalho informal

No Brasil, cada vez mais pessoas buscam alternativas de fazer uma renda extra ou até mesmo de sair do padrão comercial presente na jornada de trabalho. Nessa perspectiva, surge o trabalho informal.

O trabalho informal funciona como um trabalho comum, mas sem a contratação diante uma empresa ou como uma forma de ação empreendedora. Geralmente, a pessoa é quem define e faz sua gestão de carga horária, função, nicho de trabalho e metodologia.

Portanto, o trabalho informal é uma modalidade de trabalho sem vínculos empregatícios e, consequentemente, sem a carteira assinada.

Por conta disso, o indivíduo perde o direito aos benefícios e seguros estipulados pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

O trabalho informal no Brasil e os tipos mais comuns

No Brasil, historicamente o trabalho formal e informal apresenta picos e quedas em relação ao crescimento de determinados setores ou a taxa de desemprego, sempre interligado com a situação socioeconômica vigente.

Por isso, o trabalho informal no Brasil cresce exponencialmente em momentos de crise econômica.

Esse fator é devido ao alto índice de inflação, aumento de preços e subsequentemente, aumento no número de demissões.

A informalidade atua em diversos segmentos, desde empreendedores, trabalhadores autônomos, freelancers e infelizmente, trabalhadores ilegais. O trabalho ilegal, muitas vezes:

  • Coloca o trabalhador em situações de risco, desgaste, insalubres ou de degredo;
  • É pautado na subsistência;
  • Pode não apresentar ganhos financeiros e nem margem de evolução;
  • Apresenta ausência de direitos trabalhistas e seguros;
  • Possui carga horária fora do padrão convencional.

Por esses fatores, o trabalho sem carteira pode ser algo prejudicial ao trabalhador.

Claro, diferente da situação dos trabalhadores ilegais, o trabalhador informal ainda mantém um padrão de dignidade e funcionalidade.

Entre os tipos de trabalho informal, os mais comuns podem ser listados como:

  • O trabalhador autônomo: profissional que atua por si, não dependendo diretamente de um vínculo empregatício (médicos, advogados, entre outros);
  • O trabalhador freelancer: atua como o trabalhador autônomo, porém, apresenta reconhecimento e cláusulas trabalhistas. Ele atua dentro de uma função, durante um prazo estabelecido e pode ser interligado ao conceito de prestação única de serviço;
  • Empreendedor e acionista: pessoas que trabalham empreendendo um negócio, investindo em uma empresa ou em ações e títulos.

As vantagens e desvantagens do trabalho informal e trabalho autônomo

O trabalho informal e trabalho autônomo pode ser visto como vantajoso para os trabalhadores entre o aspecto de:

  • Não ser deduzido impostos direto do salário;
  • A depender do ramo, apresentar flexibilidade de carga horária;
  • Maior autonomia para construção de jornada de trabalho e para ditar as práticas de atuação;
  • Aproxima ou vincula o ganho de renda ao esforço e meta própria.

Mas, apesar de apresentar alguns benefícios, o trabalho informal é um considerado problemático para o Governo, uma vez que o trabalhador informal não contribuí para o PIB (Produto Interno Bruto) do país por não estar legalizado.

Isso implica também em consequências sérias para o trabalhador, sendo, portanto, as desvantagens do trabalho informal:

  • Falta de acesso a sistemas de financiamento e diversas modalidades de crédito;
  • Ausência de renda fixa (ganho mensal pré-estabelecido);
  • Não recebimento de auxílio/ticket refeição, transporte, plano de saúde e afins;
  • Não apresenta remuneração de férias/feriados, de décimo terceiro salário e nem de licenças (no geral).

Por fim, o trabalho informal pode ser uma modalidade plausível para as circunstanciais individuais. É mais recomendado buscar uma estabilidade financeira e ela pode estar atrelada ao trabalho formal, mas não necessariamente. Mais conteúdos de empreendedorismo? Acompanhe a carta do fundador.

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Arthur Dantas Lemos

Arthur Dantas Lemos

Especialista em Finanças Corporativas pela Fundação Getúlio Vargas. É formado pelo Programa de Profissionais do Mercado Financeiro da Bolsa de Valores de São Paulo e pelo Programa CVM de Professores para Mercado de Capitais, Avaliador de Empresas pela NACVA - National Association of Certified Valuators and Analysts (EUA). Fundou a Empreender Dinheiro para democratizar o acesso à Educação Financeira de Alto Poder Transformacional e já impactou diretamente mais de 50.000 pessoas em suas soluções educacionais.

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